23 Junho 2014

Atualização, 24 de junho: Meriam Ibrahim foi detida de novo quando se preparava para partir de Cartum. Permanece detida, com o marido e os dois filhos, sob acusações de falsificação de documentos em relação ao passaporte que apresentou no aeroporto. A libertação a 23 de junho de Meriam Yehya Ibrahim, sudanesa cristã condenada à morte por enforcamento por apostasia e a flagelação por adultério, constituira um passo positivo relativamente à injustiça de que foi vitima”, segundo a Amnistia Internacional.

Meriam foi libertada da prisão feminina de Omdurman depois do tribunal de recurso a ter considerado inocente das duas acusações. Está agora junto do marido e dos dois filhos. 
 
“A decisão de hoje é um pequeno passo para resolver a injustiça de que Meriam foi vítima,” diz Sarah Jackson, Diretora Regional Adjunta da Amnistia Internacional.“Contudo, ela nunca deveria ter sido acusada. Meriam foi condenada à morte quando se encontrava grávida de oito meses por algo que não deveria ser crime. O tratamento a que foi sujeita, incluindo permanecer acorrentada, viola a legislação internacional de direitos humanos”.
 
O caso de Meriam mobilizou mais de um milhões de membros, apoiantes e ativistas da Amnistia Internacional pedindo a sua libertação imediata e incondicional. Em Portugal conseguimos mais 51 mil assinaturas.
 
“A Amnistia Internacional quer prestar homenagem a todos os que contribuíram para esta tão grande demonstração de apoio,” diz Sarah Jackson. “As vossas cartas mostraram às autoridades sudanesas que as pessoas em todo o mundo estavam indignadas com o caso da Meriam”.
 
“A Amnistia Internacional vai continuar a instar as autoridades sudanesas que retirem da lei as provisões que criminalizam atos de apostasia e adultério para que mais ninguém tenha que passar pela mesma situação que passou Meriam e que estabeleça uma moratória às execuções como primeiro passo no sentido da abolição da pena de morte.”
 

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