14 Janeiro 2014

A Amnistia Internacional alerta para a escalada de violência e flagrante falta de soluções concretas para os problemas do sistema prisional no estado brasileiro do Maranhão, de onde emergiram na semana passada registos de vídeo preocupantes que mostram alguns presos decapitados.

Desde 2007, contam-se as mortes de mais de 150 pessoas à tutela do sistema prisional no Brasil, 60 das quais apenas em 2013. Neste ano registaram-se casos de violações de direitos humanos nas prisões como rebeliões que resultaram em mortes, sobrelotação e muito deficientes condições nas unidades prisionais, documentados pela Amnistia Internacional Brasil.

O caso das prisões no Maranhão, mais especificamente do complexo prisional de Pedrinhas, é especialmente preocupante, depois de ter sido divulgado na passada terça-feira um vídeo pelo diário brasileiro Folha de São Paulo, alegadamente enviado por um sindicato de guardas prisionais: nestas imagens aparecem três detidos decapitados e vários outros presos a posarem para fotografias junto aos cadáveres.

A Amnistia Internacional Brasil alerta ainda que há nesta prisão denúncias de que mulheres e irmãs de presos são violadas durante as visitas, coagidas com ameaças de morte sobre os seus familiares que se encontram ali presos.

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