6 Maio 2016

O desafio era obrigatório. As notícias diárias sobre a situação dramática dos refugiados e os comentários e reações, muitas vezes pouco esclarecidos, das redes sociais impulsionaram uma iniciativa comum nas Escolas Amigas dos Direitos Humanos sobre esta situação que tanto tem de atual como de grave.

 
Mas qual a melhor forma de explorarmos este tema, que suscita reações tão extremas, e ao mesmo tempo incentivar a reflexão e pensamento crítico sobre ele? A solução foi deixar as soluções nas mãos dos estudantes. Deixá-los assumir o papel de quem tem que decidir e que tem de estar informado sobre todos os aspetos que envolvem esta delicada situação.
 
Foi assim que se realizaram durante fevereiro e março de 2016, as simulações das “Cimeiras de Chefes de Estados: Refugiados: Que soluções?” nas Escolas que integram o projeto Escolas Amigas dos Direitos Humanos. Com uma média de 50 participantes por escola, os jovens representaram a posição de seis países com posições contraditórias em relação ao acolhimento dos refugiados. Tiveram para isso que conhecer as suas posições, os seus argumentos, refletir sobre eles e pensar nas soluções possíveis para uma crise sem precedentes. Na segunda parte da sessão houve espaço para debater a questão, agora a nível individual, onde todos puderam partilhar as suas opiniões, colocar e esclarecer dúvidas.
 
Durante as “cimeiras” realizou-se uma votação secreta sobre a opinião dos participantes em relação ao acolhimento de refugiados em Portugal. Os resultados foram semelhantes em todas as escolas, com uma grande maioria a defender o acolhimento no nosso país. Um resultado que não surpreende: em abril deste ano estas mesmas escolas mobilizaram-se para alertar os líderes europeus de que é necessário agir para salvar as vidas que se perdem diariamente no Mediterrâneo.
 
Escola Pedro Ferreiro, Ferreira do Zêzere Escola Gama Barros, Cacém Escola Prof. Reynaldo dos Santos, Vila Franca de Xira

 

Artigos Relacionados