17 Junho 2016

A marca de um ano passado desde a detenção de 17 ativistas em Luanda, pelo simples exercício pacífico da liberdade de expressão e de reunião, é o mote que vai levar ações de solidariedade às ruas de várias cidades, em Portugal, Angola, França, Bélgica e na África do Sul. Para Lisboa, o “Dia da Libertação” está marcado para segunda-feira, 20 de junho, e conta com a ReAJ-Rede de Ação Jovem da Amnistia Internacional.

Foi a 20 de junho de 2015 que começaram a ser detidos em Luanda os primeiros dos 17 ativistas que acabaram por ser condenados, após a sua participação numa reunião para discutir violações de direitos humanos e preocupações sobre a governação no país sob a égide do Presidente, José Eduardo dos Santos, que detém o poder em Angola há 36 anos consecutivos. O julgamento, que a Amnistia Internacional, considera uma afronta à justiça, terminou a 28 de março passado com a pronúncia de penas de prisão entre os dois e os oito anos e meio por “atos preparatórios de rebelião”.

O “Dia da Libertação” é convocado agora como uma ação global de solidariedade para com os prisioneiros de consciência em Angola e de denúncia das perseguições, injustiças e violações de direitos humanos que ocorrem naquele país. É uma ação para reclamar a libertação dos 17 da prisão, e também a liberdade de expressão e de reunião para todos os angolanos.

Simbolicamente, a ReAJ-Rede de Ação Jovem da Amnistia Internacional vai levar ao protesto convocado para Lisboa – às 19h de 20 de junho, no Rossio – o livro “Da Ditadura à Democracia”, de Gene Sharp, que foi lido na reunião dos 17 e levou à condenação destes ativistas, assim como uma prisão simulada para representar as detenções arbitrárias e sentenças injustas em Angola.

Além de Lisboa e da capital angolana a 20 de junho, o “Dia da Libertação” sai às ruas também em Bruxelas (em antecipação, já este sábado, 18 de junho), no Lobito e em Luanda (domingo, 19), e ainda em Paris (na terça-feira, 21 de junho) e em Joanesburgo, em frente ao consulado de Angola (na sexta-feira, 24).

 

A Amnistia Internacional tem uma petição dirigida ao ministro da Justiça e de Direitos Humanos angolano em que se insta à absolvição e à libertação imediata dos ativistas. Dê também a sua voz a este apelo: assine!

 

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