7 Junho 2013

A vida de Beatriz já não está em risco, agora que o governo de El Salvador finalmente autorizou a realização da cesariana que a salvou de morrer devido às complicações de uma gravidez inviável e a uma doença grave.

Beatriz, cujo caso mobilizou ativistas em todo o mundo, foi obrigada a sofrer semanas a fio enquanto os tribunais de El Salvador debatiam se a tratavam ou não.

“Queremos afirmar claramente que nenhuma mulher deve ser submetida ao tipo de discriminação e tortura a que foi submetida Beatriz enquanto lutava pela sua vida por lhe ter sido negado um aborto terapêutico e acesso a cuidados de saúde que lhe permitissem salvar a vida”, diz Ester Major, investigadora da Amnistia Internacional para El Salvador.

“O governo deve tomar medidas imediatas para acabar com a proibição total do aborto e deve coadunar a legislação de El Salvador aos padrões internacionais de direitos humanos. As leis não devem manietar os médicos, nem impedir o acesso das mulheres e raparigas aos tratamentos que sejam necessários, como neste caso, para que não sejam colocadas em risco a sua saúde e a vida”, acrescenta Major.

O caso da Beatriz mobilizou a comunidade de ativistas dos direitos humanos em todo o mundo que participou de forma massiva na petição da Amnistia que alcançou 170.000 assinaturas, incluindo 600 oriundas de Portugal.

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