13 Fevereiro 2015

A Amnistia Internacional Portugal entregou a diplomatas da embaixada norte-americana em Lisboa as 28.566 cartas assinadas em Portugal na petição a favor da libertação de Chelsea Manning, que cumpre 35 anos de prisão nos Estados Unidos por ter revelado informações sobre graves violações de direitos humanos contidas em documentos classificados como secretos.

Em visita à sede da AI Portugal, na quinta-feira, 12 de Fevereiro, o conselheiro político da embaixada norte-americana em Lisboa, Gregory Macris (na foto), e a assessora para os Assuntos Políticos, Georgina Félix, receberam aquelas assinaturas do apelo, integrado na Maratona de Cartas de 2014, o grande evento anual e global da Amnistia Internacional. A delegação da embaixada dos Estados Unidos foi recebida pelo presidente da Direção da organização de direitos humanos, Victor Nogueira, pela diretora-executiva, Teresa Pina, pela responsável pelas Relações Institucionais e Política Externa, Antónia Barradas, e pela coordenadora de campanhas, Ana Monteiro. Todas as fotos da entrega das petições por Chelsea Manning para ver aqui.

A petição em defesa de Chelsea Manning expressa às autoridades norte-americanas as preocupações da Amnistia Internacional e de todos os signatários das cartas sobre a condenação de Chelsea Manning, apelando a clemência e à libertação da ex-militar no reconhecimento da motivação que a conduziu à revelação das informações, assim como dado o facto de já ter cumprido pena em prisão preventiva.

Chelsea Manning foi condenada em agosto de 2013, tendo sido detida durante três anos antes de ir a julgamento, dos quais passou 11 meses em isolamento. As autoridades deram-na como culpada pela revelação ao site Wikileaks de informações classificadas como secretas pelo Exército dos Estados Unidos. Estas informações expunham dados relevantes sobre graves violações de direitos humanos e de direito internacional humanitário cometidas pelos soldados norte-americanos, pelas forças militares iraquianas e afegãs que combateram ao lado dos Estados Unidos, por mercenários e pela agência de serviços secretos CIA no contexto das operações antiterrorismo.

No conjunto dos quatro casos adotados em Portugal na Maratona de Cartas de 2014, a Amnistia Internacional conta já mais de 140 mil petições assinadas.

 

 

Artigos Relacionados