24 Março 2017

A celebrar-se o 60º aniversário do Tratado de Roma, instrumento legislativo que está na génese da União Europeia, este sábado, 25 de março, a Amnistia Internacional insta a Europa, no seu todo, a defender os seus princípios fundadores de proteção e promoção dos direitos humanos.

“Neste momento-chave da sua história, é crucial que os líderes europeus recordem e reassumam claramente o compromisso com o espírito fundador da União Europeia [UE] de proteção da dignidade humana até em tempos obscuros. No momento em que celebram o passado e traçam o caminho para o futuro, é imperativo que assumam uma posição conjunta forte sobre a importância dos direitos humanos”, frisa a diretora do Gabinete de Instituições Europeias da Amnistia Internacional, Iverna McGowan.

A perita da organização de direitos humanos lembra que “a resposta da UE aos desafios da crise global de refugiados, do combate ao terrorismo e da repressão generalizada dos defensores de direitos humanos tem causado muitas dúvidas sobre o compromisso na prática com os direitos humanos”.

“Estamos num momento de encruzilhada em que os líderes da UE têm de se lembrar dos princípios fundadores e assumir o compromisso de os fazer cumprir. E realinhar nesses valores os Estados-membros que estão abertamente a violar as obrigações de direitos humanos a que estão vinculados pelo tratado da UE é uma ótima forma de o começar”, remata Iverna McGowan.

A Amnistia Internacional leva esta mensagem à mobilização que está convocada para Roma no sábado, dia do aniversário do Tratado de Roma, junto à Ponte de Castel Sant’Angelo. O protesto é promovido por várias organizações da sociedade civil que trabalham na linha da frente dos fluxos migratórios para a Europa e contestam as políticas e práticas da UE sobre migrantes, refugiados e fronteiras, sob o lema “Not My Europe”.

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