28 Junho 2013

No Brasil, a semana começou com a operação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) na favela do Complexo da Maré, que terminou em 10 mortos, incluindo um sargento. A operação seguiu-se ao arrastão que teve início na manifestação no Bairro Bonsucesso, tendo os responsáveis procurado refúgio na favela.

“Uma operação policial com dez mortos não pode ser considerada bem-sucedida. A polícia não pode tratar a favela como se fosse um território de exceção. É preciso romper a lógica da guerra. As pessoas que vivem na favela precisam de ter os seus direitos reconhecidos. Os criminosos são uma minoria. Uma atuação mais cuidadosa da polícia certamente evitaria a morte de muitos inocentes”, afirmou Atila Roque, diretor executivo da Anistia Internacional no Brasil.

Para a Amnistia Internacional, é preciso pôr fim à violência. Com este intuito, foi delineada uma Estratégia durante uma reunião que sentou à mesma mesa a Amnistia, a Polícia Militar, organizações não governamentais que atuam na área e associações de moradores. Já no ano passado a Amnistia Internacional se tinha unido ao Observatório de Favelas e Redes de Desenvolvimento da Maré e à Redes da Maré para o lançamento da campanha “Somos da Maré e Temos Direitos”.

Artigos Relacionados