25 Setembro 2013

Amnistia Internacional reage à notícia que dá conta que John Kerry, Secretário-geral norte-americano, assina esta quarta-feira, nas Nações Unidas, o documento internacional que visa controlar o comércio de armas.

“Este é um passo histórico para acabar com o fluxo de armas convencionais que incendeiam atrocidades e abusos”, disse já Salil Shetty, Secretário-geral da Amnistia Internacional.

Os Estados Unidos são o maior comerciante de armas do mundo, fornecendo armamento a mais de 170 países, o que em termos de valor representa 30% de todas as transferências de armas realizadas no mundo.

“Até agora o país tem tido uma atitude confusa no que diz respeito à suspensão do fornecimento de armas por motivos relacionados com os direitos humanos”, continua Salil Shetty.

No Egito, em 2011, os Estados Unidos autorizaram a venda de armas de pequeno porte e de milhões de munições e de agentes químicos para controlo de motins, quando no terreno as forças de segurança reprimiam violentamente os manifestantes.

“Precisamos de ver agora o compromisso dos Estados Unidos – e dos outros 89 países que já assinaram o Tratado de Comércio de Armas [entre eles, Portugal] – combinar com a ação”, continua o responsável da Amnistia Internacional.

“A situação trágica que se vive na Síria realça o horrifico custo humano do comércio global irresponsável de armas. O Tratado de Comércio de Armas [que entra em vigor após 50 ratificações] é a oportunidade para prevenir, no futuro, um sofrimento humano semelhante”, diz, concluindo: “o mundo aguarda agora que a China e a Rússia se juntem ao compromisso norte-americano”.

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