22 Janeiro 2021

A Amnistia Internacional, em conjunto com a FEC – Fundação Fé e Cooperação e mais 29 organizações da sociedade civil, manifestou, hoje, o desejo de que o governo português e a União Europeia se envolvam na solução da crise humanitária que atinge a região de Cabo Delgado, em Moçambique. Essa convicção encontra-se plasmada no artigo “Cabo Delgado: não nos conformamos com a violência”, que está disponível no site do jornal Público. Nele manifesta-se a preocupação pelo mais de meio milhão de deslocados internos e pelas condições de vida destas pessoas, recordando-se que o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados proporciona assistência humanitária a menos de dez por cento.

Lembrando a recente visita à região do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, as organizações pedem ao governo de Portugal que apoie “o governo de Moçambique na identificação de necessidades e que, respeitando Moçambique como Estado soberano, se promova o envolvimento das organizações multilaterais, regionais e dos países vizinhos e da sociedade civil moçambicana”, instando ainda o executivo “a aproveitar a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia para colocar definitivamente na agenda a crise humanitária de Cabo Delgado”.

Movidas pela defesa intransigente da dignidade humana que, sublinham, “não pode ser subjugada a qualquer tipo de interesses”, as organizações signatárias desta tomada de posição dirigem-se também aos meios de comunicação social, pedindo que “informem sobre a crise humanitária de Cabo Delgado e investiguem as diferentes causas desta violência, evitando leituras parcelares”.

Finalmente, as organizações comprometem-se a mobilizar as suas redes para que o problema não seja esquecido e para que se promova “o cessar da violência, os direitos humanos e um desenvolvimento sustentado”, sublinhando “o papel da sociedade civil moçambicana e, em particular a de Cabo Delgado, com quem trabalhamos”.

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