30 Novembro 1999

A Amnistia Internacional apela às autoridades chinesas para que libertem, Tan Zuoren, defensor dos Direitos Humanos, sentenciado a 5 anos de prisão por incitar à “subversão do poder do Estado”.
Tan Zuoren foi condenado por criticar o Partido Comunista Chinês e o Governo através de artigos e opiniões que abordavam os confrontos de Tiananmen de 1989 e que foram publicados em diversos websites estrangeiros.

“A sua detenção, o julgamento injusto e o veredicto que o considera culpado das acusações são alguns exemplos perturbantes de como as autoridades da China usam legislação vaga para condenar, silenciar e punir vozes dissidentes,” afirmou Roseann Rife, Directora Adjunta do Programa para a Ásia-Pacífico da Amnistia Internacional.  

A esposa de Tan Zuoren, Wang Qinghua, contestou a sentença e disse à Amnistia Internacional, “até um dia de detenção é demais. Zuoren apenas exerceu o seu direito à liberdade de expressão e abordou a corrupção de sua própria consciência.” 

O julgamento decorreu no dia 12 de Agosto, e apenas a esposa e uma das filhas puderam assistir. As testemunhas de defesa foram proibidas de depor, Ai Weiwei, artista internacional e uma das testemunhas, foi espancado e detido até o julgamento terminar. Vários jornalistas que tentavam noticiar o julgamento foram ameaçados, e dois foram retidos no quarto de hotel, enquanto a polícia procurava drogas onde estavam alojados. O veredicto foi adiado durante quatro meses sem qualquer explicação. “Os apelos por justiça vão tornar-se mais fortes à medida que mais activistas dos Direitos Humanos forem sentenciados,” afirmou Roseann Rife.

Artigos Relacionados