O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas aprovou uma resolução sobre a crise de direitos humanos sem precedentes que decorre na Venezuela, que a Amnistia Internacional considera ser oportuna e necessária.
“A Venezuela está a viver uma das piores crises a que as Américas já assistiram em décadas. Milhões de pessoas fogem do país onde são perpetradas violações dos direitos aos alimentos, à saúde, à vida e muitos outros direitos humanos essenciais por agentes do Estado, todos os dias, e sem nenhuma esperança de que as vítimas obtenham justiça, verdade e ressarcimento”, sublinha o secretário-geral da Amnistia Internacional, Kumi Naidoo.
Este responsável da organização de direitos humanos nota que “face à gravidade do estado de direitos humanos na Venezuela e a falta de opções para que se alcance justiça no país, a decisão tomada pelo Conselho de Direitos Humanos [esta quinta-feira, 27 de setembro], de enfrentar tão dramática situação e prestar apoio às vítimas, não poderia ser mais oportuna e necessária”. “Ver uma maioria significativa de Estados da América Latina e das Caraíbas a darem o seu aval a esta resolução é também encorajador”, prossegue.
Kumi Naidoo lembra ainda que há alguns meses, durante a 38ª sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em julho, 52 países, de diversas regiões do mundo, expressaram as suas preocupações sobre o estado de direitos humanos na Venezuela.
“Face à gravidade do estado de direitos humanos na Venezuela e a falta de opções para que se alcance justiça no país, a decisão tomada pelo Conselho de Direitos Humanos, de enfrentar tão dramática situação e prestar apoio às vítimas, não poderia ser mais oportuna e necessária.”
Kumi Naidoo, secretário-geral da Amnistia Internacional
“A Amnistia Internacional aguarda com expectativa os continuados esforços do gabinete da alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos através dos seus relatórios, assim como as discussões construtivas por parte dos Estados-membros nas subsequentes sessões do Conselho”.