22 Janeiro 2009

A Secretária-Geral da Amnistia Internacional, Irene Khan, considerou a ordem executiva para encerrar o Centro de Detenção de Guantánamo, anunciada pelo presidente Barack Obama, um “enorme passo em frente” e “um sinal muito claro da vontade da nova administração de corrigir os erros do passado.”   
“Isto é claramente um importante passo na direcção certa. A rapidez e os detalhes são agora essenciais – o julgamento ou a libertação destes mais de 240 detidos que continuam em Guantánamo já ultrapassaram todos os prazos,” disse Irene Khan.
 

 

 “Ao dar prioridade ao encerramento de Guantánamo nas primeiras 48 horas em que assumiu funções, o Presidente Obama está a enviar uma mensagem importante para o resto do mundo de que os EUA querem fechar um capítulo negro da sua história.”

 A ordem executiva assinada hoje afirma que o centro de detenção “será encerrado assim que seja prático e não decorrerá mais do que um ano desde a assinatura desta ordem para o seu encerramento aconteça. ”

 A Amnistia Internacional disse que a referência “assim que seja prático” deve ser interpretada e aplicada com urgência, frisando que os detidos sobre os quais não há acusações já deviam ter sido libertados há muitos anos.

 “Os EUA dedicaram importantes recursos a este exercício insensato desde o início e ao longo dos sete anos em que esteve operacional. Devem agora alocar os recursos necessários e o esforço para, de forma rápida e dentro da lei, encerrar Guantánamo,” afirmou Irene Khan.

 “A campanha levada a cabo pela Amnistia Internacional e por outras organizações de Direitos Humanos ao longo dos últimos anos deu frutos. Esperamos que a administração Obama continue a dar atenção urgente e a corrigir os muitos erros cometidos ao longo dos últimos sete anos em nome da luta contra o terrorismo.” 

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