16 Janeiro 2009

É urgente o estabelecimento de um embargo total às remessas de armas que chegam a todas as partes envolvidas no conflito em Gaza, de forma a prevenir mais ataques ilegais e violações da lei internacional, defende a Amnistia Internacional à medida que se sabe estar um carregamento de munições norte-americanas em trânsito para Israel. “A última coisa de que precisávamos agora era mais armas e munições numa região que está pejada de armas das quais se tem feito um uso contrário ao disposto pelas directivas internacionais e que têm exercido um efeito devastador na população civil de Gaza”, afirmou Malcom Smart, Director do Programa do Médio Oriente e Norte de África.

A contagem dos mortos palestinianos já ultrapassa o milhar, sendo que cerca de um terço desse número corresponde a mortos civis e, pelo menos, 200 são crianças. No entanto, os carregamentos de que se tem conhecimento contêm fósforo branco, uma substância altamente venenosa, conhecida por causar queimaduras graves quando vaporizada sobre áreas densamente populadas, como se observa em Gaza. 

O cargueiro alemão Wehr Elbe, contratado pelos Estados Unidos da América, tem como destino Israel e carrega 989 contentores contendo explosivos e outras munições. Para além do armamento norte-americano, Israel recebe e continua a lançar ataques ilegais com recurso a armamento fornecido por outros países, enquanto Gaza recebe o seu armamento, contrabandeado, através do Egipto, e persiste em lançá-lo sobre zonas civis no sul de Israel. 
 

Um embargo imposto pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas é necessário, não apenas para impedir o envio de novas remessas de armamento para ambos os lados, mas porque pode lançar um sinal claro a Israel e ao Hamas indicativo da determinação do Conselho em fazer cumprir a lei internacional.

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