15 Janeiro 2009

À medida que continua a escalada de violência em Gaza, os dados da Amnistia Internacional indicam que se contabilizaram já quase um milhar de mortos palestinianos, sendo pelo menos 400 deles civis. Há ainda a registar mais de uma dezena de baixas do lado Israelita. Números que aumentam a cada dia que passa e que são já os mais elevados das últimas quatro décadas de confrontos entre Israel e os grupos armados nos Territórios Palestinianos Ocupados.

É, por isso, altura de agir.

O cessar-fogo que tinha sido alcançado entre a Palestina e Israel em Junho de 2008 terminou cinco meses e meio depois, a 4 de Novembro, quando seis militares palestinianos foram assassinados pelas forças armadas israelitas em Gaza. O Hamas, grupo armado palestiniano eleito em 2006, respondeu com o lançamento de uma chuva de rockets sobre as cidades e vilas do sul de Israel.

Desde então, os atropelos ao direito humanitário e aos direitos humanos têm-se perpetuado através do bombardeamento indiscriminado de edifícios e zonas civis e da manutenção do bloqueio israelita, que tem impossibilitado a entrada de apoio humanitário na região. Assim, os cerca de 1,5 milhões de habitantes da Faixa de Gaza continuam expostos à falta de cuidados médicos, de alimentação, de electricidade, de água e de outras necessidades.

Perante este cenário, a Amnistia Internacional lança um apelo a todos os actores estatais envolvidos e a todos os órgãos internacionais relevantes para que tomem medidas que contribuam não só para travar a escalada de violência, mas para mitigar os efeitos de um conflito que se prolonga há várias décadas.

É imperativa a protecção imediata dos civis. A Amnistia Internacional insiste para que Israel, o Hamas e todos os outros grupos armados palestinianos cessem todos os ataques sobre civis, indo de encontro às directivas internacionais.

Face à situação humanitária no território, é ainda urgente apelar às partes para que respeitem as tréguas de forma a permitir a entrada de ajuda humanitária e que concedam protecção ao pessoal médico, instalações e ambulâncias, permitindo a sua livre circulação.

Por último, é imperativo que se instaure, sem demora, uma investigação independente e imparcial para apurar os abusos que têm sido cometidos à lei humanitária internacional e aos direitos humanos. Para tal, os governos das diferentes Nações devem constituir um mecanismo que permita o envio imediato de observadores para a Faixa de Gaza e para o sul de Israel.

Junte-se a nós neste apelo pela paz na Faixa de Gaza,escrevendo às partes em conflito.

Juntamos aqui duas cartas-tipo e as moradas para onde pedimos que enviem os apelos. Estes estarão vigentes até que um cessar-fogo seja alcançado na região.
 

Por favor envie este apelo para as autoridades de Israel:
Ehud Olmert, Prime Minister
Fax: +972-2-5664838
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Ehud Barak, Minister of Defence
Fax: +972-3-6916940/ +972-3-6962757
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Tzipi livni, Minister of Foreign Affairs
Fax: +972-2-5303367
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Shimon Peres, President
Fax: +972-2-5610037 / +972-2-5664838
[email protected] Este endereço de email está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email

Por favor envie este apelo para os grupos palestinianos:

Líderes do Hamas em Damasco

Khaled Mesh’al
Abu Marzouk
Fax: +963 11 613 29 35

Mahmoud Zahar, Senior Hamas leader Foreign Affairs
Fax: + 972 (ou 970) 8 286 89 71

Tahar al-Nunu, Hamas administration spokesman in Gaza
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Pro-Hamas website
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