28 Agosto 2012

Julho de 2010
Foi no número 5 do “Notícias da Amnistia Internacional Portugal” que apresentámos o caso do palestiniano Khaled Jaradat, de 50 anos, preso desde 3 de Março de 2008. Mais de dois anos depois foi finalmente libertado, a 15 de Julho, graças aos milhares de apelos enviados em seu nome às autoridades israelitas. Portugal foi um dos países a contribuir para a sua libertação.

Recordamos que Khaled Jaradat era professor de inglês numa escola secundária da Cisjordânia, Território Palestiniano Ocupado onde sempre morou, quando foi preso sob detenção administrativa. Uma medida excecional, prevista nas normas internacionais, que permite a prisão sem acusação formal ou julgamento, sendo decretada pelo Governo e não pelos Tribunais. As autoridades israelitas usam esta possibilidade para manter pessoas presas indefinidamente.
Foi o que aconteceu a Khaled Jaradat, inicialmente detido por um período de seis meses, tendo visto a detenção ser consecutivamente renovada. As autoridades israelitas diziam acreditar que pertencia à organização palestiniana radical Jihad Islâmica, mas como nunca apresentaram provas, a prisão não podia ser refutada. Cá fora a mulher e os seis filhos de Khaled tiveram de sobreviver sem a sua presença, não podendo sequer, desde Abril, telefonar ou visitar o prisioneiro.
Agora em liberdade, o palestiniano enviou a seguinte mensagem: “agradeço o trabalho e o esforço dos membros da Amnistia Internacional em assegurar a minha libertação. (…) Não há dúvida que a pressão feita levou à minha liberdade. Agradeço-vos por isso e espero que continuem a trabalhar noutros casos até que sejam também libertados”.

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