8 Maio 2017

O governo da Nigéria anunciou este sábado, 6 de maio, a libertação de mais 82 das 276 alunas raptadas em Chibok pelo grupo armado Boko Haram. A Amnistia Internacional exorta as autoridades a respeitarem a sua privacidade, a reuni-las com a família e a prestar todos os cuidados necessários.

“A libertação de 82 das alunas raptadas em Chibok pelo grupo armado Boko Haram é um grande alívio”, refere a diretora executiva da Amnistia Internacional Nigéria, Osai Ojigho. Porém, continua, “é vital que recebam agora aconselhamento e apoio físico e psicossocial adequados, por forma a conseguirem reintegrar-se completamente nas suas comunidades”.

A responsável da Amnistia Internacional na Nigéria acrescenta que o “governo deve ainda respeitar a privacidade das meninas libertas e assegurar que são reunidas com as suas famílias, ao invés de mantê-las em detenção prolongada ou sob controlo de segurança, o que apenas pode aumentar o seu sofrimento e a sua condição”.

Foi em abril de 2014 que combatentes do Boko Haram raptaram 276 jovens da Escola Secundária de Raparigas em Chibok. Os raptos são parte consistente das táticas de ataque do grupo armado.

“Os membros do Boko Haram executaram já e torturaram milhares de civis e violaram e forçaram a casar raparigas e mulheres. Elas foram doutrinadas e obrigadas a lutar pelo Boko Haram”, esclarece Osai Ojigho. “As autoridades nigerianas devem fazer ainda mais para assegurarem o regresso seguro das milhares de mulheres e raparigas, bem como homens e rapazes, raptados pelo Boko Haram”.

  • 50 milhões

    50 milhões

    Pela primeira vez desde a II Guerra Mundial, mais de 50 milhões de pessoas foram obrigadas a abandonar as suas casas. A maior parte devido a conflitos armados. (ACNUR, 2014)
  • 12,2 milhões

    12,2 milhões

    No final de 2014, 12,2 milhões de sírios – mais de metade da população do país – dependiam de ajuda humanitária. (UNOCHA)

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