1 Setembro 2008

A Amnistia Internacional apela ao governo britânico para que forneça as informações requeridas pelos advogados de Binyam Mohamed, outrora residente no Reino Unido, que agora se encontra preso em na baía de Guantánamo. Estas informações são fundamentais para apoiar a sua defesa e comprovar que este foi vítima de tortura e maus-tratos no âmbito do programa norte-americano de rendições e detenções secretas.

Binyam Mohamed, de nacionalidade etíope, detido em Abril de 2002 no aeroporto de Karachi, foi alvo de tortura e desrespeito pelos seus direitos em diversas facilidades nas quais esteve detido, sendo que desde 2004 se encontra na prisão de Guantánamo onde deverá ser julgado perante uma comissão militar.
 

A Amnistia Internacional acredita que os procedimentos jurídicos em Guantánamo são injustos, defendendo o fim das comissões militares e a realização de julgamentos imparciais. O fornecimento das informações, por parte do Reino Unido comprovaria os actos de tortura a que Binyam Mohamed foi exposto, a forma desumana como foi tratado durante o seu cativeiro e evitaria a utilização de qualquer informação contra o próprio, obtida através de tortura durante a sua detenção injustificada.

A decisão do supremo tribunal de justiça britânico foi agora adiada devido a um apelo, de última hora, por parte do Secretário dos Negócios Estrangeiros, que reivindica a legitimidade de manter esta informação confidencial. Para manter a possibilidade de cooperação com o governo britânico de forma a travar o programa americano rendições e detenções secretas é necessário fornecerem as informações necessárias aos advogados de Binyam Mohamed para que se façam respeitar os seus direitos. 

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