3º ANO DA INVASÃO
RUSSA À UCRÂNIA

JUNTE-SE PELA RESPONSABILIZAÇÃO
DOS CRIMES COMETIDOS

milhões de vidas

destruídas

A 24 de fevereiro de 2025, assinalam-se os três anos da invasão em larga escala à Ucrânia pela Rússia e os onze anos da ocupação da Crimeia.
Em três anos de guerra, milhões de vidas foram destruídas, muitos crimes de guerra cometidos, as infraestruturas das cidades foram reduzidas a ruínas e todo um povo está a ser condenado ao exílio e à miséria. Os crimes de guerra estão a escalar, a cada dia, e permanecem impunes.
O crescente número de civis mortos e feridos, tanto na Ucrânia controlada pelo governo quanto nos territórios russos e ocupados pela Rússia, é o resultado da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, o que é um crime segundo o direito internacional.
Desde o início da invasão em larga escala, as forças russas têm efetuado ataques indiscriminados que resultaram em milhares de vítimas civis, entre provas crescentes de outros crimes de guerra, incluindo tortura, violência sexual e assassinatos ilegais. A agressão conduziu a violações dos direitos à habitação, à saúde e à educação.
Para as pessoas na Ucrânia, o dia a dia tem sido marcado pelo sofrimento. As vítimas e os sobreviventes da agressão russa devem poder ver os seus direitos à verdade, à justiça e às reparações respeitados.

Todos os números que se apresentem, neste conflito, vão tornar-se redutores:

CIVIS MORTOS
+ 0
DE PESSOAS QUE NECESSITAM DE ASSISTÊNCIA HUMANITÁRIA URGENTE
+ 0
PESSOAS DESLOCADAS NA UCRÂNIA
+ 0
REFUGIADOS E REQUERENTES DE ASILO DA UCRÂNIA EM TODO O MUNDO
+ 0
Mais de 27,8 mil pessoas ficaram feridas no conflito, que já destruiu mais de 700 instalações médicas e causou danos em 1,5 mil escolas e instituições de ensino superior, segundo as Nações Unidas.

VIOLAÇÕES

DO DIREITO INTERNACIONAL

ATAQUES INDISCRIMINADOS

MUNIÇÕES DE FRAGMENTAÇÃO E MINAS

PRISIONEIROS DE GUERRA

LIBERDADE DE EXPRESSÃO

LIBERDADE DE RELIGIÃO E CRENÇA

VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES E MENINAS

DIREITO DOS IDOSOS

DIREITO DAS CRIANÇAS

DIREITOS DAS PESSOAS LGBTI+

DIREITO A UM AMBIENTE SAUDÁVEL

Todos os responsáveis ​​por crimes sob o direito internacional devem ser levados à justiça em processos de julgamento justos e as vítimas devem poder exercer seus direitos à verdade, justiça e reparações.

AMNISTIA INTERNACIONAL

O QUE ESTAMOS A FAZER?

Investigação: Documentar e expor as violações de direitos humanos e crimes de guerra.
Advocacy: Pressão direta a líderes e decisores políticos, atuando a nível nacional e internacional.
Mobilização: Juntamos pessoas para que atuem em solidariedade e, juntas, façam a mudança acontecer.
Educação para os direitos humanos: Apoiar a compreensão da situação e para alertar para os riscos e perigos da desinformação.
“No terceiro aniversário da invasão em grande escala da Rússia, exigimos justiça, responsabilização e reparação — bem como uma participação significativa no processo de paz — para os civis ucranianos raptados pelos serviços de segurança russos, para os prisioneiros de guerra torturados e condenados ilegalmente, para as crianças ameaçadas por estudarem ucraniano, para os professores da Ucrânia ocupada pela Rússia sujeitos a trabalhos forçados em escolas reabertas com um currículo russo, para os tártaros da Crimeia e outras minorias que enfrentam uma repressão brutal à medida que a Rússia procura alterar a demografia dos territórios ocupados. Sem pôr termo imediato a estas violações em curso e sem fortes garantias de justiça, um ‘acordo de paz’ apressado apenas prolongará o seu sofrimento e assegurará a impunidade dos autores de violações hediondas dos direitos. O secretário de Estado dos EUA, Rubio, disse na semana passada que o Presidente Trump quer acabar com a guerra de uma forma sustentável e duradoura. Um compromisso genuíno do Presidente Trump para garantir uma paz duradoura na Ucrânia deve ser concretizado não em palavras, mas em ações – incluindo o apoio a todas as vias possíveis para uma verdadeira justiça e responsabilização dos suspeitos de crimes de guerra e de todos os crimes ao abrigo do direito internacional.”
Agnès Callamard
secretária-geral da Amnistia Internacional

transferência bancária

PT50 0036 0103 9910 0000 9858 8

Para lhe podermos agradecer convenientemente e enviar mais informação sobre esta investigação, pedimos que nos envie um e-mail para info@amnistia.pt com o comprovativo da sua transferência e a referência “Dois Anos Guerra Ucrânia”.

O QUE SE PASSOU EM

24 DE FEVEREIRO DE 2022?

No dia 24 de fevereiro de 2022, a Ucrânia acordou ao som de bombardeamentos e tanques que percorriam as ruas e anunciavam a invasão russa.
As forças russas continuaram com ataques indiscriminados, resultando em milhares de vítimas civis e destruição de infraestrutura civil, em meio a evidências de outros crimes sob o direito humanitário internacional.
De acordo com dados do OHCHR, aproximadamente 89% das mortes de civis ocorreram em territórios controlados pela Ucrânia. A Amnistia Internacional não consegue verificar de forma independente o número de crianças relatadas como mortas por fontes russas, nem afirmar a confiabilidade das informações ou a suposta atribuição desses ataques às forças ucranianas.
As crianças, como alguns dos grupos mais vulneráveis ​​em qualquer sociedade, desfrutam de proteção especial sob o direito humanitário internacional. No entanto, continuamos a vê-las serem feridas e mortas, em zonas bem distantes das linhas de frente, sem alvos militares!
Um homem empurra a sua bicicleta por entre destroços e veículos militares russos destruídos numa rua em Bucha na Ucrânia
A Amnistia Internacional verificou 17 ataques em 2024 que causaram vítimas infantis, enquanto pesquisas de campo revelaram que as forças russas deliberadamente alvejaram civis e infraestrutura civil. A declaração reiterou os apelos para que os perpetradores de ataques ilegais e crimes de guerra sejam levados à justiça, e para que seja dada reparação a todas as vítimas de crimes de guerra cometidos na agressão da Rússia.
Em um ataque, em 8 de julho, um míssil de cruzeiro russo Kh-101 atingiu Okhmatdyt, um hospital infantil em Kiev. Foi um ataque muito destrutivo e matou duas pessoas e feriu cerca de cem, incluindo crianças. Oleg Golubchenko, um cirurgião que estava a operar uma criança no hospital na hora do ataque, disse: “Quando voltei aos meus sentidos, tudo ao redor estava em ruínas. Eu também estava ferido – senti calor por todo o meu corpo e vi que estava a sangrar, mas os meus braços e pernas estavam a funcionar, e eu estava a respirar. Eu gatinhei, um pouco, e vi que a criança estava bem, embora o equipamento estivesse destruído.”
O isolamento dos idosos e o acesso inadequado à habitação durante a invasão da Ucrânia pela Rússia, colocou uma pressão sem precedentes no sistema de cuidados de saúde da Ucrânia que já é sobrecarregado. Como resultado, muitos idosos, incluindo idosos com deficiência, foram separados das suas famílias, levando ao seu isolamento.
Mesmo depois de terem sido deslocados para partes mais seguras da Ucrânia, os idosos, particularmente as pessoas com deficiência, ainda enfrentam enormes dificuldades na reconstrução de uma vida digna, lutando para terem acesso à habitação adequada, serviços de apoio e cuidados de saúde.
“Não sei como procurá-lo. Não há forma de o contactar… não tenho outro lugar para ir”. Relato de uma mulher de 83 anos com demência que tinha sido internada numa instituição em Odesa após ter sido deslocada e ter perdido o contacto com o filho.
Ucranianos atravessam um caminho improvisado ao longo de uma ponte destruída.
Valentyna Panova, assistente social em Kosyvshchyna, na Ucrânia, apoia Vira Hodun, que tem mobilidade limitada, a lavar-se.

GRAVES RISCOS ENFRENTADOS PELAS MULHERES E MENINAS

“O abuso sexual é um enorme problema para as mulheres. Participei na formação e fomos informados de que houve casos em que crianças (também), após a evacuação, a mostrarem sinais de terem sofrido abuso sexual.”. Relato de uma trabalhadora humanitária.
A invasão em grande escala da Rússia contra a Ucrânia, leva as mulheres a enfrentarem graves riscos. As mulheres enfrentam um aumento da violência sexual e de género e condições de saúde perigosas, ao mesmo tempo que são forçadas a tomar decisões de sobrevivência de vida ou morte para as suas famílias. Ao mesmo tempo, as mulheres são frequentemente excluídas dos processos de tomada de decisão e os seus direitos e necessidades permanecem desprotegidos e não satisfeitos.

NOS ÚLTIMOS 3 ANOS

NÃO ESQUECEMOS:

💥 O bombardeamento ao jardim de infância de Sonechko, na cidade de Okhtyrka onde a população se escondia e protegia dos combates.
💥 Os 47 civis mortos em Cherniv enquanto aguardavam em fila para comprar pão.
💥 Os ataques e cerco a Izium, na região de Kharkiv, onde a população ficou sem comida, eletricidade, gás, aquecimento e comunicações móveis.
💥 O terror do ataque ao teatro de Mariupol, apesar do aviso de que ali se encontravam crianças.
💥 Os feridos e os corpos espalhados nas estradas de Bucha.
💥 A transferência forçada de crianças, depois de separadas das suas famílias e a tentativa de uma adoção e doutrinação russa.
💥 A propaganda que chegou aos manuais escolares e que tenta justificar a crueldade abjeta da guerra e a ganância infinita dos que a causam.
💥 Os milhares de manifestantes, jornalistas, ativistas e defensores de direitos humanos que foram detidos, multados e até presos por se manifestarem contra a guerra.
“O sofrimento do passado, incluindo os mortíferos ataques aéreos russos contra civis e a transferência forçada de crianças para a Rússia, não deve ser esquecido ou deixado sem resposta”.
Agnès Callamard.

PORQUE DEVE APOIAR A AMNISTIA INTERNACIONAL?

É por todas estas pessoas que, algures no mundo, veem os seus direitos humanos fundamentais abusados ou negados por discriminação e identidade de género que iremos continuar a angariar fundos. Precisamos de meios para continuar a expor o que está a acontecer, precisamos de continuar a pressionar governos, e todas as outras entidades que violem direitos humanos.
A Amnistia Internacional é financiada pelos seus doadores, apoiantes e membros individuais e só aceita donativos de governos e empresas para finalidades específicas como a Educação para os Direitos Humanos. Só deste modo conseguimos investigar, denunciar e acabar com as violações de direitos humanos de uma forma independente, imparcial e autónoma.
Acreditamos que o mundo será um lugar melhor quando juntos encararmos a violação dos direitos humanos como uma afronta pessoal!
A Amnistia Internacional tem apelado repetidamente à responsabilização das forças responsáveis por violações de direitos humanos e tem saudado a investigação em curso do Tribunal Penal Internacional na Ucrânia. Uma responsabilização abrangente na Ucrânia exigirá os esforços concertados da ONU e dos seus órgãos, bem como iniciativas a nível nacional de acordo com o princípio da jurisdição universal.

Desde o início do conflito, a Amnistia Internacional tem documentado crimes de guerra russos e violações do direito humanitário internacional cometidos durante a agressão da Rússia na Ucrânia.

O seu apoio vai fazer a diferença na vida de muitas pessoas, ativistas e defensores de direitos humanos ao redor do mundo.

Política de Privacidade e Cookies

Amnistia Internacional Portugal R. Dr. José Joaquim de Almeida 2 3º A e B, 2780-337 Oeiras.

+351 213 861 664 | +351 213 861 652 | info@amnistia.pt