Objetivo Geral do Cargo
O/a Diretor/a Interino/a é responsável pelo cumprimento da visão e da estratégia da Amnistia Internacional Portugal (AI Portugal), e pela implementação de uma gestão e liderança eficazes no desenvolvimento, coordenação e implementação de planos operacionais e orçamentos da organização.
O fim último do seu trabalho é a promoção, proteção e salvaguarda dos direitos humanos, contribuindo para alcançar a visão e a missão da Amnistia Internacional (AI).
O/a Diretor/a Interino/a supervisiona a operacionalização da estratégia nacional, assegurando o êxito das campanhas e das iniciativas de angariação de fundos, assim como a obtenção de resultados em matéria de direitos humanos, implementando uma liderança respeitada e participativa.
O/a Diretor/a Interino/a trabalha em estreita colaboração com a Direção da AI PT, com outras secções da AI e com o Secretariado Internacional da AI, todos eles parte do Movimento da Amnistia Internacional.
Internamente, o/a Diretor/a Interino/a lidera a equipa de forma eficiente, supervisiona a gestão dos recursos, atividades e ações da AI PT e assegura o cumprimento das políticas da organização, de forma que esta funcione eficazmente e que cumpre a sua missão.
Externamente, o/a Diretor/a Interino/a é responsável pelo estabelecimento de relações de trabalho a nível nacional e por garantir o perfil de qualidade da Amnistia Internacional em Portugal e no contexto do movimento internacional, promovendo o aumento de ativistas, membros e apoiantes da AI Portugal.
O/a Diretor/a Interino/a representa a AI Portugal ao mais alto nível, junto do governo português e de outros atores chaves e decisores políticos e sociais.
Localização e condições
Localização: Sede da Amnistia Internacional Portugal, na Rua Dr. José Joaquim de Almeida 2 3º A e B, em Oeiras.
Duração: 1 ano.
Condições:
- Horário a tempo inteiro/full time;
- Salário mensal compatível com a função de Diretor/a Executivo/a (de acordo com a Política de Recursos Humanos em vigor), consoante a experiência, habilitações e conhecimentos comprovados da pessoa selecionada;
- Subsídio de refeição (7,95€);
- Possibilidade de ajuda de custos em subsídio de transporte (até 80€/mês);
- Possibilidade de ajuda de custos inerentes ao exercício das suas funções em regime híbrido de teletrabalho (80€/mês);
- Outros benefícios, que incluem seguro de saúde após o período experimental, subsídio de apoio à parentalidade (75€ por filho/a ou menor a cargo), possibilidade de teletrabalho até três dias por semana, bolsa de dias remunerados com dispensa por doença, dispensa no dia de aniversário, dispensa no dia de aniversário de filhos/as, ou menores a cargo, com menos de 18 anos de idade, entre outros dias, consoante o cumprimento de objetivos e metas individuais e/ou coletivas, de acordo com a política de Recursos Humanos da organização;
- Integração numa organização com uma política de recursos humanos com forte aposta no desenvolvimento pessoal e profissional;
- [Todos os benefícios previstos no Código do Trabalho português].
Relações de Trabalho
Reporta a:
Direção da AI Portugal
O/a Diretor/a Interino/a será responsável pela gestão da Equipa Executiva e dos Diretores de Departamento, potencialmente outras funções bem como a supervisão do restante funcionamento da organização.
Outras relações-chave:
O/a Diretor/a Interino/a representa a AI Portugal junto do público, governo e líderes de empresas, comunicação social, atuais e potenciais apoiantes, organizações não-governamentais parceiras e/ou organizações sem fins lucrativos e promove uma colaboração estratégica e parcerias com entidades relevantes.
O/a detentor/a deste cargo também trabalha em estreita colaboração com outras partes interessadas dentro do movimento internacional da AI e facilita uma relação colaborativa entre a Equipa Executiva e os colegas internacionais.
Principais Responsabilidades
Em colaboração com a Direção da AI Portugal e o Secretariado Internacional da AI, é responsável pelas seguintes tarefas:
Liderar a AI Portugal na defesa dos Direitos Humanos através da gestão organizacional
1. Dirigir e apoiar na definição de estratégias em prol dos Direitos Humanos, mobilizando a opinião pública e sectores influentes da sociedade na defesa e afirmação dos Direitos Humanos.
2. Garantir a aplicação uniforme das políticas, normas e práticas da AI, tanto nacionais como internacionais, incluindo as Normas Fundamentais da AI (Core Standards) e as políticas de Direitos Humanos existentes.
3. Liderar a criação de um saudável ambiente de trabalho, em conformidade com uma política positiva de RH, procedimentos claros e assegurando o bem-estar da equipa, de acordo com as necessidades da Equipa Executiva e em articulação com os Diretores de departamento.
4. Garantir a orçamentação adequada para a AI Portugal, identificando necessidades e trabalhando em colaboração com a Direção da AI Portugal e com o Secretariado Internacional para garantir que essas necessidades são satisfeitas, nomeadamente através da execução dos programas de Angariação de Fundos.
5. Assegurar a existência de sistemas de controlo de qualidade, garantindo que a AI Portugal corresponda aos níveis de exigência, compliance, consistência, independência e imparcialidade da organização.
6. Construir uma cultura organizacional integrada, que conduza ao crescimento e manutenção de uma rede de apoiantes ativa e participativa (incluindo membros, ativistas e apoiantes).
7. Estabelecer uma cultura de participação por todo o movimento, alinhada com o modelo One Amnesty e os seus benefícios.
Representação do Movimento da AI em Portugal
1. Atuar como porta-voz da AI Portugal, interagindo com os órgãos de comunicação social de forma proativa e promovendo atividades com impacto mediático, apoiando a investigação e as missões de trabalho da AI, garantindo a conformidade com as normas da AI respeitantes à comunicação social.
2. Fomentar e apoiar boas relações de trabalho com organizações parceiras, redes, doadores e atores internos relevantes, de modo a identificar oportunidades de cooperação e colaboração passíveis de aumentar o impacto e influência da AI Portugal na defesa dos Direitos Humanos.
3. Representar a AI Portugal em eventos públicos junto de organizações não- governamentais, comunicação social, organizações internacionais e autoridades, de modo a assegurar um perfil de visibilidade perante a opinião pública e aumentando o impacto em Direitos Humanos, em sintonia com a missão e estratégia da AI.
4. Liderar e apoiar as ações de sensibilização e advocacia em prol dos Direitos Humanos
a nível nacional, nomeadamente através da criação de relações com organizações parceiras, a comunicação social e o governo e do trabalho conjunto com outras secções da AI, de forma a maximizar o impacto do trabalho realizado à escala global.
5. Participar ativamente nos espaços decisórios da AI a nível internacional, como a Global Assembly, e em todos as reuniões e assembleias estatutárias da AI Portugal.
Liderar a Gestão Operacional
1. Acompanhar e aconselhar a ação dos diretores de departamento na sua tomada de decisões, segundo a sua autonomia decisória no âmbito de cada um dos seus departamentos, de acordo com as normas e procedimentos em vigor.
2. Manter uma vigilância atenta à situação política e a outras ocorrências na sociedade civil portuguesa em matéria de Direitos Humanos que constituam oportunidades estratégicas de aumentar a influência da AI Portugal e avaliar a gestão de risco do seu trabalho.
3. A partir da estratégia da AI PT, liderar a conceção do plano operacional, de forma a responder aos objetivos definidos.
Colaboração com a Direção da AI Portugal e restantes Órgãos Sociais:
1. Aconselhar e colaborar estreitamente com a Direção para a criação de estratégias e iniciativas neste âmbito da AI Portugal.
2. Estar presente nas reuniões da Direção e apresentar informação atualizada sobre matérias da sua responsabilidade e sobre a vida da Secção.
3. Garantir que informação atualizada e precisa está disponível para consulta do Conselho Fiscal e de Responsabilização e da Mesa da Assembleia Geral, nos assuntos que a cada órgão diga respeito, e sempre em coordenação com a Direção.
Requisitos
Competências
Direitos Humanos
1. Compromisso com a missão, visão, valores, a direção estratégica e as prioridades da Amnistia Internacional.
2. Compromisso e conhecimento substancial sobre Direitos Humanos.
3. Conhecimento da situação política, económica e social em Portugal, bem como um entendimento das dinâmicas da sociedade civil.
4. Amplo conhecimento da situação internacional e nacional de Direitos Humanos.
5. Conhecimento dos sistemas internacionais de proteção de Direitos Humanos e dos mecanismos existentes.
Liderança de equipas e pessoas
1. Excelentes competências interpessoais, incluindo a capacidade de gerir relações a todos os níveis, exercendo uma liderança inspiradora e promotora de confiança e direção.
2. Capacidade de gestão de mudança com foco no bem-estar da equipa e dos seus membros.
3. Capacidade comprovada na resolução colaborativa de conflitos, com proficiência de facilitação
e/ou mediação, demonstrando abertura para ouvir e aprender.
4. Elevado sentido de objetividade e integridade profissional, diplomacia e sensibilidade, bem como credibilidade pessoal necessária à promoção da confiança entre o pessoal e uma atitude íntegra e coerente com os valores fundamentais da AI Portugal.
5. Competências na promoção da diversidade, respeito e compromisso com a igualdade de oportunidades, assegurando o desenvolvimento profissional de uma equipa multicultural.
Comunicação
1. Elevada capacidade de comunicação e mediação, oral e escrita, em português e inglês.
2. Experiência demonstrada na elaboração e execução de estratégias de comunicação, incluindo ações de advocacy, em contexto de representação institucional e contextos mediáticos diversos.
3. Capacidade demonstrada para desenvolver contactos, construir parcerias e interagir com um vasto espetro de intervenientes de alto nível.
Liderança e gestão
1. Capacidade comprovada em planeamento estratégico e boa capacidade de gestão, incluindo a capacidade para liderar pessoas, dirigir múltiplos programas, projetos e recursos financeiros, exercendo simultaneamente supervisão e controlos adequados.
2. Capacidade para identificar os principais desafios organizacionais, oportunidades estratégicas e os riscos associados.
3. Boa capacidade de organização, incluindo a capacidade de estabelecer planos e prioridades e de os concretizar em conformidade.
Perfil
Formação académica e qualidades pessoais
1. Qualificação adequada com nível de licenciatura ou equivalente, de preferência complementada por qualificações de pós-graduação relevantes.
2. Pessoa altamente motivada, capaz de gerir prioridades e trabalhar com prazos estritos.
3. Mentalidade orientada para os resultados, demonstrando capacidade para trabalhar tanto de forma autónoma como em colaboração com equipas de trabalho.
4. Capacidade para assumir as suas responsabilidades e ações de forma crítica, nos processos de avaliação e na sua relação com a Direção e com a equipa executiva, acautelando possíveis consequências na imagem e funcionamento da organização.
5. Empenho na aprendizagem e inovação individual e organizacional, utilizando abordagens, ferramentas, técnicas para um desenvolvimento sustentável da organização.
6. Resiliência e capacidade para trabalhar em circunstâncias de alto stress.
Experiência e percurso profissional
1. Mínimo de 8 anos de experiência em gestão, de preferência numa organização internacional e/ou com trabalho reconhecido no âmbito nacional em matéria de direitos humanos.
2. Proficiência em português e fluência em inglês, espanhol e/ou francês (desejáveis)
3. Experiência de trabalho numa organização suportada por membros e/ou com estruturas
participativas.
4. Experiência em planeamento estratégico e operacional e em desenho de programas com abordagens participativas e inclusivas.
5. Experiência na organização com êxito de ações e campanhas de advocacy junto de governos, agências intergovernamentais ou outras, a nível nacional e/ou internacional, focadas na mudança de políticas, preferencialmente relativas a temas de Direitos Humanos (desejável).
6. Experiência comprovada de desenvolvimento de recursos estratégicos, planeamento financeiro e/ou gestão orçamental, bem como de angariação de fundos
7. Experiência comprovada na liderança e gestão ao mais alto nível, de preferência numa organização internacional.
8. Competência comprovada na gestão de pessoas e relações complexas entre atores e intervenientes diversos (sector público e privado, meios de comunicação social, doadores, autoridades e organizações não governamentais) de alto nível
Outras:
1. Disponibilidade para viajar.
Esta descrição de funções poderá ser alterada. Qualquer alteração e/ou eliminação deverá ser feita após consulta junto do/a detentor/a do cargo e deverá ser assinada.
Como candidatar-se
Enviar o Formulário de Candidatura, a Carta de Motivação, Curriculum Vitae e Cartas de Recomendação para candidaturas@amnistia.pt até às 23h59 do dia 9 de dezembro de 2024.
As candidaturas que não cumpram com o envio do formulário devidamente preenchido, não serão consideradas.
Todos os/as candidatos/as serão informados sobre os resultados de pré-seleção.
Os/as candidatos/as selecionados/as para a fase seguinte serão informados sobre os próximos procedimentos e a data para entrevista.
Data de início a determinar.
A Amnistia Internacional Portugal é uma organização não-governamental onde os indivíduos são selecionados com base no mérito e nas suas capacidades e está comprometida com os princípios fundamentais da igualdade e diversidade.
DECLARAÇÃO DE IGUALDADE
A igualdade e a diversidade estão no âmago dos valores da Amnistia Internacional e espera-se que os funcionários/as trabalhem coletiva e individualmente para promover uma abordagem construtiva e sensível para pessoas de diferentes origens backgrounds, onde o trabalho de todas as pessoas é valorizado e respeitado.
CONFLITO DE INTERESSES
Atividade pública ou de outra natureza, filiação ou apoio a qualquer grupo ou organização, associação pessoal ou outro fator que possa gerar um conflito de interesse real ou percebido para com os princípios da Amnistia Internacional, ou suscitar preocupações de segurança, que possa não permitir ao/à candidato/a o desempenho das principais funções do cargo específico, deve ser comunicada pelo/a candidato/a à Amnistia Internacional – Portugal.