23 Novembro 2016

Os desafios no processo de acolhimento de refugiados, requerentes de asilo e migrantes na Europa, com particular enfoque em Portugal, são tema da conferência “Responsabilidades humanitárias além-fronteiras”, organizada pelo Grupo de Estudantes da Amnistia Internacional da Universidade Nova de Lisboa, esta sexta-feira, 25 de novembro, a partir das 14h, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas.

Perceber o verdadeiro labirinto de perigos pelo qual passa quem foge da guerra e da perseguição até alcançar um refúgio seguro e, aí, obter o reconhecimento formal e institucional da sua necessidade de proteção internacional é um primeiro passo de resolução da crise global dos refugiados: cada um de nós deve desmontar os mitos, combater os medos e a intolerância, e dizer “Eu Acolho”.

Este é o lema da nova campanha global da Amnistia Internacional em defesa dos direitos humanos dos refugiados, que será também apresentada na conferência. O programa abre-se ao debate sobre as “Dificuldades no acolhimento”, contando na mesa redonda com Catarina Cerqueira, do grupo internacional de voluntários Project ELEA, de Tiago Godinho, da Plataforma de Apoio aos Refugiados, de William Gomes, da Associação Welcome Refugees, e do refugiado paquistanês Ali Gohar.

O painel de oradores desta conferência conta ainda com o alto-comissário para as Migrações, Pedro Calado, que falará sobre o acolhimento de refugiados em Portugal.

A conferência “Responsabilidades humanitárias além-fronteiras”, organizada pelo Grupo de Estudantes da Amnistia Internacional da Universidade Nova de Lisboa, realiza-se entre as 14h e as 18h, no Auditório 0.05, Torre B1, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas.

A Amnistia Internacional defende a necessidade de uma mudança radical na forma como o mundo trata os refugiados e de uma revisão profunda das políticas e das práticas de asilo com o objetivo de criar uma estratégia global coerente e abrangente para dar solução à crise – a qual ultrapassa já mais de 21 milhões de pessoas em fuga de perseguição e de guerra no mundo inteiro.

A organização de direitos humanos mantém investigação constante no terreno em várias regiões do mundo, ações de pressão institucional, de sensibilização pública e de campanha para que os líderes mundiais e, em particular na Europa, ponham urgentemente em marcha e expandam a escala dos planos de reinstalação de refugiados. Um estudo feito recentemente pela Amnistia Internacional apurou que 80% dos cidadãos pelo mundo inteiro estão recetivos a acolher refugiados no seu país e 66% querem que os seus governos façam mais para resolver a crise global de refugiados.

 

A Amnistia Internacional sustenta que parte da solução para a atual crise dos refugiados passa por quatro palavras: eu acolho os refugiados. É esta a declaração de dignidade, de humanidade e de partilha da responsabilidade feita pela organização de direitos humanos. Faça-a também: assine o manifesto!

Artigos Relacionados