15 Março 2019

O falhanço dos governos em lidar com as alterações climáticas pode representar a maior violação de direitos humanos entre gerações da nossa História, alerta a Amnistia Internacional esta sexta-feira, dia em que estudantes de todo o mundo saem às ruas para exigir mudanças. Juntámo-nos aos movimentos destes jovens em solidariedade.

“Costuma dizer-se às crianças que são ‘os líderes de amanhã’, mas se eles esperarem até ‘amanhã’ pode já não haver futuro para liderar”

Kumi Naidoo

“Este é um movimento de justiça social importante, que está a mobilizar milhares de pessoas para pacificamente pedirem aos governos que travem as alterações climáticas”, refere o secretário-geral da Amnistia Internacional, Kumi Naidoo. “É lamentável que crianças tenham de sacrificar dias de aprendizagem na escola para exigir aos adultos que façam o que está certo”.

 

 

A Amnistia Internacional tem lançado o alerta para os impactos que as mudanças climáticas estão a ter, que serão ainda mais devastadores para os direitos humanos no futuro se os governos não atuarem agora para mudar o curso da história.

“Costuma dizer-se às crianças que são ‘os líderes de amanhã’, mas se eles esperarem até ‘amanhã’ pode já não haver futuro para liderar”, continua Kumi Naidoo. “Cada dia que permitimos que as alterações climáticas piorem faz, em última instância, com que seja mais difícil travar e reverter os seus efeitos catastróficos”.

“Os políticos podem continuar a arranjar desculpas para a sua inação, mas a natureza não negoceia”

Kumi Naidoo

Salvar o mundo está nas nossas mãos.
– Nada impede os governos de fazerem tudo o que está ao seu alcance para reduzirem as emissões de gases com efeito de estufa no mais curto espaço de tempo possível.
– Nada impede os governos de encontrarem formas de, até 2030, reduzirem para metade as emissões registadas em 2010 e de, até 2050, conseguirem tornar o consumo de energia nulo.

“A única coisa que está a impedir que se proteja a Humanidade das alterações climáticas é o facto de faltar aos nossos líderes a vontade política e de todos eles mal terem tentado”, destaca o secretário-geral. “Os políticos podem continuar a arranjar desculpas para a sua inação, mas a natureza não negoceia”.

É bom que os líderes políticos ouçam os jovens e comecem hoje a adotar medidas para travar as alterações climáticas. A alternativa é inimaginável!

 

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