O Diretor Executivo da Amnistia Internacional – Portugal, Pedro A. Neto, está em Cabo Verde desde a passada segunda-feira, dia 21 até sexta-feira, dia 25 de janeiro de 2019, num périplo de direitos humanos que inclui encontros com defensores e defensoras de direitos humanos, organizações não-governamentais, associações locais, órgãos de comunicação social e instituições de ensino. Durante a visita, o responsável espera analisar de perto o estado dos direitos humanos no país, contribuindo para possíveis trabalhos bilaterais futuros.

Paralelamente, a convite da Comissão Nacional para os Direitos Humanos e Cidadania de Cabo Verde, a Amnistia Internacional – Portugal ministrará uma formação em direitos humanos para os seus técnicos, a qual versará técnicas e estratégias de educação para os direitos humanos, com diferentes metodologias e para diferentes contextos educativos, incluindo comunidades.

“O mundo de hoje é uma comunidade global e no campo dos direitos humanos somos responsáveis uns pelos outros, sempre, todos os dias. No caso de Cabo Verde, como em outros países da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa], a relação entre países é ainda mais estreita e profunda. As organizações não-governamentais devem por isso estar atentas, próximas, e desenvolverem um trabalho colaborativo conjunto, neste tempo de desafios tão grandes para os direitos humanos no mundo. Conhecermos bem o terreno e a realidade concreta e diária dos defensores e defensoras de direitos humanos no país é fundamental, numa troca de experiências e aprendizagem”, assume Pedro A. Neto.

Numa visita que se espera enriquecedora na partilha, o diretor da Amnistia assume que os “desafios” a enfrentar “são diferentes”, mas que os direitos humanos “são os mesmos”. “Cada vez mais, precisamos que os direitos humanos passem da teoria à prática, para em conjunto contrariarmos as limitações causadas pela falta de recursos, de igualdade e de liberdade, numa ação concertada. A violência e desigualdade de género, o acesso a saneamento básico, a água potável, os direitos económicos, sociais e culturais são ainda desafios incontornáveis”, continuou.

Por último, Pedro Neto fará também uma conferência na Universidade de Santiago subordinada ao tema “Direitos humanos e migrações no Sec. XXI – tendências e desafios atuais”