25 Agosto 2016

Fornecimentos mundiais de armas convencionais pesadas (excluindo, assim, o armamento de pequeno e médio calibre), pelo valor total dos negócios feitos entre 2010 e 2015:

Top 10 dos países exportadores

Estados Unidos: 55,006 mil milhões de dólares

Rússia: 42,404 mil milhões de dólares

China: 9,943 mil milhões de dólares

Alemanha: 9, 467 mil milhões de dólares

França: 8,932 mil milhões de dólares

Reino Unido: 7,627 mil milhões de dólares

Espanha: 5,310 mil milhões de dólares

Itália: 4,360 mil milhões de dólares

Ucrânia: 4,156 mil milhões de dólares

Israel: 3,280 mil milhões de dólares

Top 10 dos países importadores

Índia: 23,124 mil milhões de dólares

Arábia Saudita: 11,002 mil milhões de dólares

China: 7,726 mil milhões de dólares

Emirados Árabes Unidos: 7,156 mil milhões de dólares

Paquistão: 6,899 mil milhões de dólares

Austrália: 6,711 mil milhões de dólares

Turquia: 5,410 mil milhões de dólares

Estados Unidos: 5,220 mil milhões de dólares

Coreia do Sul: 5,011 mil milhões de dólares

Singapura: 4,344 mil milhões de dólares

(fonte: SIPRI)

 

Os Estados Unidos reportaram, ao Registo das Nações Unidas de Armas Convencionais, terem feito transferências de armas convencionais pesadas, no período de 1992 a 2015, no total de:

  • 5 570 tanques de combate

  • 12 208 veículos armados de combate

  • 4 097 sistemas de artilharia pesada (grande calibre)

  • 1 686 aeronaves de combate

  • 672 helicópteros de combate

  • 51 navios de guerra

  • 24 841 mísseis e sistemas lança-mísseis

E a Federação Russa reportou, relativo ao mesmo período, o total de:

  • 1 294 tanques de combate

  • 4 052 veículos armados de combate

  • 1 637 sistemas de artilharia pesada (grande calibre)

  • 664 aeronaves de combate

  • 604 helicópteros de combate

  • 36 navios de guerra

  • 26 809 mísseis e sistemas lança-mísseis

(fonte: Registo das Nações Unidas de Armas Convencionais)

 

Gastos militares

O total da despesa militar aumentou de 1,14 milhão de milhões de dólares em 2001 para 1,76 milhão de milhões de dólares em 2015, o que se traduz numa subida de 50%.

Os gastos militares no Médio Oriente aumentaram de 130 mil milhões de dólares para 181 mil milhões de dólares entre 2008 e 2014.

Na região da Ásia e Oceânia, a subida foi de 311 mil milhões de dólares para 450 mil milhões de dólares, no período de 2008 a 2015.

Em 2015 apenas, a Arábia Saudita gastou o equivalente a 13,7% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em armas. Nesse mesmo ano, o Sudão do Sul gastou 13,8 do PIB do país em armamento convencional.

 

Principais empresas fabricantes de armas

O total em vendas de armas pelo top 100 das empresas que fabricam armas e prestam serviços militares no mundo (excluindo a China) aumentou em 104% de 2002 para 2013, alcançando nesse último ano os 401 mil milhões de dólares.

As maiores dez empresas de armamento do mundo registaram lucros de mais de 26 mil milhões de dólares em 2014.

(fonte: SIPRI – números a taxas de câmbio/preços constantes de 2011 e excluindo armas de baixo e médio calibre)

 

Violência armada

Quase 500 pessoas são mortas todos os dias por armas de fogo no mundo inteiro (fonte: Estudo global sobre homicídios em 2013 da UNODC), a maior parte não em cenários de guerra ou conflito armado. Outras estimadas duas mil são feridas (fonte: Small Arms Survey).

Pelo menos dois milhões de pessoas vivem com ferimentos causados por armas de fogo em situações que não de cenários de guerra; muitos milhões sofrem os profundos efeitos psicológicos negativos que a violência armada causa aos indivíduos, familiares e comunidades (fonte: Small Arms Survey).

Estima-se que três quartos das armas de pequeno calibre que existem no mundo são propriedade de privados: em 2007, 650 milhões do total de 875 milhões, e estes números terão muito provavelmente aumentado desde então (fonte: Small Arms Survey).

41% dos homicídios a nível global são cometidos com armas de fogo; nos Estados Unidos são 66% (fonte: Estudo global sobre homicídios em 2013 da UNODC).

 

Armas de pequeno calibre

O Registo das Nações Unidas de Armas Convencionais dá conta de exportações de 1 808 904 armas de fogo em 2013: número significativamente aquém do real a nível global, uma vez que apenas 25 dos Estados-parte do tratado prestam estas informações sobre as armas de fogo. Uma estimativa bem mais exata sobre o comércio anual internacional de armas de fogo é de, pelo menos, 4,6 milhões de armas (fonte: Small Arms Survey).

O número de armas de fogo nas mãos de civis nos Estados Unidos apenas é de aproximadamente uma por cada habitante do país.

Desde 2010, 13 países reportaram ao UNODC a confiscação de mais de 700 mil armas ilícitas e cerca de 100 milhões de cartuchos de munições (fonte: UNODC).

Estima-se que são fabricadas todos os anos no mundo inteiro oito milhões de novas armas e 15 mil milhões de munições.

O comércio mundial autorizado de armas de baixo calibre e de munições é estimado atualmente num valor anual de mais de 7,1 mil milhões de dólares (fonte: Gunpolicy.org).

 

Estimativas históricas sobre as armas de baixo calibre

  • 35 a 100 milhões de espingardas e metralhadoras de tipo AK foram produzidas desde a década de 1950 até 2015.

  • 8 a 12 milhões espingardas de tipo AR-15 e derivadas foram produzidas desde os anos de 1960.

  • aproximadamente 17 milhões de espingardas de tipo Lee Enfield e pelo menos 7 milhões de metralhadoras G3 foram produzidas até aos dias de hoje.

 

Munições de fragmentação

Pelo menos 23 governos usaram munições de fragmentação em conflitos pelo mundo inteiro desde o fim da II Guerra Mundial. Pelos meados de 2015, 25 países tinham ainda restos de munições de fragmentação nos seus territórios.

À data da adoção da Convenção sobre as Munições de Fragmentação, em 2008, 91 países detinham em estoque milhões de munições de fragmentação contendo mais de mil milhões de submunições. Desde então, 27 países que são Estados-parte da convenção destruíram 1,3 milhões de munições de fragmentação e 160 milhões de submunições (90% das submunições declaradas como existentes em estoque pelos Estados-parte).

(fonte: Cluster Munitions Monitor 2015)

 

Mais: Tolerância zero para os países que se evadem às obrigações internacionais no comércio de armas

 

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