PEDRO ABRUNHOSA JUNTA-SE AOS QUE ESTÃO A DIZER #EUACOLHO

Um grupo de pessoas da América Central atravessa neste momento o México em direção aos Estados Unidos da América. Quando há governos que propõem erguer mais muros, a Amnistia Internacional e o Pedro Abrunhosa juntam-se para propagar o amor.

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Fogem da violência e da precariedade que se vive nas Honduras e noutros países da América Central. Viajam sozinhos ou com a família inteira. São famílias, homens, mulheres e crianças que tiveram de tomar a difícil decisão de deixar as suas casas para procurar proteção. Partiram com a esperança de reconstruir as suas vidas num lugar seguro. Estão em situação de risco e precisam de proteção e de solidariedade.

Pelo caminho estas pessoas estão a encontrar muros, barreiras e muitas vezes o regresso forçado ao país onde correm risco de vida. Conhecemos no México um condutor de autocarro hondurenho, uma profissão de risco num país dominado pela violência armada. Tinha recebido ameaças de morte e quando as autoridades mexicanas lhe negaram asilo e o deportaram, foi assassinado. Não queremos que isto aconteça a mais ninguém!

Enquanto os governos teimam em erguer barreiras, há um movimento de milhares de pessoas que está a abrir os braços e a dizer #EuAcolho.

São cidadãos comuns, como todos nós que, ao verem chegar à sua porta pessoas com fome, desidratadas e sem terem onde se abrigar, estão a abrir o coração e a ajudar sem hesitar. Distribuem comida, produtos de higiene, tendas entre outros produtos tão necessários para a sobrevivência destas pessoas. Isto está a acontecer agora no México, mas foi isso também que vimos acontecer na Grécia e em tantos outros países onde chegam pessoas à procura de proteção. Afinal, é bem simples: somos todos humanos.

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Amor em tempo de muros

O reconhecido artista Pedro Abrunhosa junta-se aos que estão a dizer #EuAcolho.

Com o seu mais recente single, “Amor em Tempo de Muros”, Pedro Abrunhosa homenageia todas as pessoas que, um pouco por todo o mundo, estão à procura de refúgio. Para filmar o videoclipe viajou até ao México para dar voz a estas pessoas. Com a participação da cantora mexicana Lila Downs, é um poderoso videoclipe de homenagem a todas as pessoas que procuram asilo e segurança, que precisam que o amor fale mais alto que os muros.

 

Pedro Abrunhosa junta assim o seu nome aos que pedem mais amor e solidariedade. E vamos continuar a cantar assim, juntos, até vivermos “um amor sem tempo e sem muros”.

 

TEXTO DA CARTA A ENVIAR

Excelentíssimo Senhor
Primeiro-Ministro da República Portuguesa
Dr. António Costa

Resolver a crise global de refugiados pode começar com quatro palavras: Eu acolho os refugiados!

Vivemos a maior crise mundial de refugiados desde a 2ª Guerra Mundial, com mais de 25 milhões de pessoas – pais, crianças, famílias – obrigadas a fugir das suas próprias casas para salvar a sua vida.

Em vez de ajudar estas pessoas, a grande maioria dos líderes mundiais optou por fechar fronteiras ou virar as costas ao sofrimento humano. Em vez de receber os refugiados como pessoas que fogem da guerra, da miséria e da perseguição, muitos cidadãos optam pelo discurso de ódio, pelo preconceito e chegam mesmo a atos de violência contra os refugiados. Em vez de se facilitar processos de autonomia e integração, são levantadas barreiras burocráticas e os refugiados e requerentes de asilo são, muitas vezes, deixados ao abandono e sem perceber como se movimentar na vida quotidiana dos países de acolhimento.

Queremos agora reiterar que acreditamos num mundo em que se criam pontes em vez de muros e em que os refugiados são parte da família global. Foram inclusive ratificadas convenções internacionais para que tragédias como estas não se repetissem.

Por isso, queremos ficar do lado certo da História. Chegou a vez de nós, cidadãos, mostrarmos que acolhemos os refugiados, propondo soluções em três aspetos específicos:

Rotas legais e seguras, com meios dignos de viagem e proteção humanitária que mitigariam os riscos de exploração económica e tráfico de seres humanos a que os refugiados estão sujeitos bem como às viagens de alto risco a que os mesmos se sujeitam;

2. Partilha de responsabilidades no acolhimento entre todos os Estados. Tendo em conta que o esforço de acolhimento da maioria de refugiados no mundo inteiro é feito por apenas 10 países. Se os outros países que há no mundo assumissem a sua parte, o esforço de acolhimento seria muito baixo. Também na recolocação dos refugiados na Europa. Se cada país da União Europeia assumisse o compromisso de partilha de responsabilidades, o esforço da Itália e Grécia seriam repartidos por todos os países da UE num sinal claro de valores de solidariedade;

3. Acolhimento e integração efetiva com resposta rápida e célere aos requerentes de asilo, cumprindo o estipulado pela lei e acelerando assim a integração efetiva das pessoas na sociedade e nas comunidades locais enquanto estiverem no nosso país. Esta reinvindicação implica também o direito à reunificação familiar que tem sido ignorado no processo de recolocação de refugiados que estão na Grécia e Itália, para outros países da UE; a reunificação familiar significa que os refugiados podem reunir-se a familiares próximos que já vivam noutros países. Inclui ainda a previsão de bolsas e vistos para estudantes, que permitam aos refugiados continuar ou começar os seus estudos, bem como vistos médicos – para ajudar quem apresenta um estado clínico grave a obter tratamento que lhe poderá salvará a vidas.

Instamos por isso o nosso governo a levar a cabo todos os esforços possíveis para concretizar estas medidas em território nacional e a exercer a sua influência de bem na comunidade internacional, principalmente em sede da UE, da CPLP, e das Nações Unidas:

  • Sendo um ator de relevo na União Europeia no que diz respeito à abertura de novas rotas legais e seguras;
  • Garantindo que todos os refugiados a quem foi prometido asilo e os requerentes a quem foi prometida entrada, sejam acolhidos pelo nosso país com dignidade, respeitando o que se encontra estipulado por lei;
  • Garantindo que todos os refugiados e requerentes de asilo recebem uma resposta rápida e célere, cumprindo o estipulado pela lei;
  • Facilitando o processo de integração e autonomia dos refugiados e requerentes de asilo, auscultando sempre esta população sobre as medidas que são tomadas;
  • Responsabilizando atos de discriminação, discurso de ódio e violência contra refugiados e requerentes de asilo;

Nós, abaixo assinados, reafirmamos o compromisso “Eu Acolho” porque acreditamos na solidariedade, na humanidade, no direito a viver em segurança e num mundo onde os direitos humanos sejam usufruídos por todas as pessoas!