29 Julho 2009

O Governo do Quénia deve providenciar abrigo e ajuda humanitária às mais de três mil pessoas forçadamente desalojadas das suas casas e que agora estão sujeitas ao frio e à chuva do inverno queniano, denunciou a Amnistia Internacional.
Na semana passada, a polícia informou os residentes da aldeia Githogoro, em Nairobi, de que teriam 72 horas para abandonar as suas casas antes de as retroescavadoras, que estavam alinhadas à entrada do aldeamento, avançassem. Os despejos aparentam ter sido executados como parte de um plano governamental para construir uma nova estrada.

 

Desde o estabelecimento dos primeiros aldeamentos informais no Quénia , têm ocorrido, regularmente, despejos forçados em massa, em clara contradição dos padrões internacionais. Num relatório publicado em Junho de 2009 a Amnistia Internacional identificou cerca de 127 mil pessoas em Nairobi em risco iminente de assistir à destruição das suas casas e negócios ao abrigo de um plano governamental de limpeza da bacia do rio. 

Através da Campanha “Exija Dignidade”, lançada em Maio de 2009, a Amnistia Internacional apela aos governos, a nível global, para que tomem todas as medidas necessárias, incluindo a adopção de leis e políticas que cumpram a lei internacional dos direitos humanos, de forma a proibir e impedir despejos forçados.

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