6 Outubro 2025

 

  • Ação executiva do Presidente Trump é tentativa flagrante de usar agências do governo para silenciar vozes pacíficas e organizações com as quais discorda
  • “Como organização de direitos humanos, condenamos o uso da violência ou intimidação para suprimir o direito à liberdade de expressão” – Paul O’Brien
  • Estamos profundamente preocupados com o facto de tais esforços estarem a tornar-se normalizados nos EUA

 

 

A Amnistia Internacional – EUA reagiu ao novo Memorando Presidencial sobre o Combate ao Terrorismo Interno e à Violência Política Organizada, anunciado no passado dia 25 de setembro. O diretor executivo da secção norte-americana da AI, Paul O’Brien, afirmou que “a ação executiva do Presidente [Donald] Trump é uma tentativa flagrante de usar as agências do governo dos EUA como arma para silenciar vozes pacíficas e organizações com as quais discorda. Essa ação terá o efeito muito real de inibir o discurso legal e pacífico e silenciar a dissidência política”.

Para Paul O’Brien, “desde a sua segunda tomada de posse, o Presidente Trump e a sua administração têm procurado desmantelar a estrutura da sociedade civil nos EUA e agora estão a atacar as organizações da sociedade civil que discordam das suas ideias, com acusações de redes obscuras de pessoas que conspiram ‘contra os direitos’”.

“Desde a sua segunda posse, o presidente Trump e a sua administração têm procurado desmantelar a estrutura da sociedade civil nos EUA e agora estão a atacar as organizações da sociedade civil que discordam das suas ideias.”

Paul O'Brien

O responsável da Amnistia Internacional – EUA sustentou ainda que, “como organização de direitos humanos, condenamos o uso da violência ou intimidação para suprimir o direito à liberdade de expressão. Devemos trabalhar coletivamente por um país onde os direitos humanos de todos, incluindo o direito à liberdade de opinião e expressão, sejam respeitados, protegidos e cumpridos”.

O’Brien defendeu que a ONG resiste “veementemente e contesta restrições arbitrárias, discriminatórias ou ilegais aos direitos à liberdade de expressão, de reunião e de imprensa, incluindo o trabalho legal e importante de fundações e organizações da sociedade civil”.

Em todo o mundo, a Amnistia Internacional trabalha há décadas para expor e documentar violações dos direitos humanos e práticas autoritárias.

“Estamos profundamente preocupados com o facto de tais esforços estarem a tornar-se normalizados nos EUA. Repetidamente, temos visto leis e políticas vagas que visam o ‘terrorismo’ serem usadas contra dissidentes pacíficos, protestos e pessoas que expressam opiniões contrárias. Os EUA devem reverter esse curso com urgência”, alertou Paul O’Brien.

 

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