5 Dezembro 2025

 

  • Parlamento das Ilhas Faroé aprova alterações a lei do aborto desatualizada
  • “A votação que altera a lei profundamente desatualizada e restritiva das Ilhas Faroé sobre o aborto é um passo importante para garantir a disponibilização de um aborto seguro e legal” – Turið Maria
  • Embora votação seja passo positivo, a dura realidade continua a ser que aqueles que realizam ou ajudam a facilitar o aborto ainda enfrentam criminalização

 

Em reação à votação de 4 de dezembro pelo parlamento das Ilhas Faroé (o “Lagtinget”/ “Løgting”) para alterar a lei e permitir o acesso ao aborto a pedido até ao final da décima segunda semana de gravidez, Turið Maria, diretora da Amnistia Internacional das Ilhas Faroé, afirmou: “A votação que altera a lei profundamente desatualizada e restritiva das Ilhas Faroé sobre o aborto é um passo importante para garantir a disponibilização de um aborto seguro e legal”.

“Este é o resultado de anos de campanha incansável por parte de ativistas que lutaram para eliminar as restrições ao acesso ao aborto. Estas restrições – algumas das mais severas da Europa – tiveram um impacto devastador em gerações de mulheres e outras pessoas que necessitam de cuidados de aborto, colocando vidas em risco, comprometendo a saúde e obrigando muitas pessoas a fazer viagens dispendiosas ao estrangeiro, principalmente à Dinamarca”, revelou Turið Maria.

“Este é o resultado de anos de campanha incansável por parte de ativistas que lutaram para eliminar as restrições ao acesso ao aborto.”

Turið Maria

Mas, embora a votação seja um passo positivo, a dura realidade continua a ser que aqueles que realizam ou ajudam a facilitar o aborto ainda enfrentam criminalização.

“A descriminalização do aborto é essencial para garantir que todas as pessoas que precisam desses serviços, bem como os prestadores de serviços de aborto, ativistas e defensores, não sejam ameaçados com sanções criminais ou outras sanções punitivas por aceder, ajudar alguém a aceder ou prestar serviços de aborto”, apontou a responsável.

 

Contexto

As Ilhas Faroé são um território autónomo com autogoverno dentro da Dinamarca. A nova lei do aborto substituirá a Lei do Aborto de 1956, que permitia o aborto apenas em casos de violação ou incesto, risco para a vida ou saúde da mulher grávida, deficiência do feto ou motivos sociais.

A votação de 4 de dezembro viu os deputados aprovarem a lei, após uma primeira votação no parlamento, a 3 de dezembro, em que a iniciativa foi aprovada por 17 votos contra 16.

 

Perguntas Relacionadas

O que representa a recente votação nas Ilhas Faroé em relação ao aborto?

A votação nas Ilhas Faroé marca um avanço significativo para garantir o acesso ao aborto seguro e legal, segundo a Amnistia Internacional. Esta alteração legislativa é vista como um passo crucial para proteger os direitos reprodutivos das mulheres na região.

Por que é que a alteração da lei sobre aborto nas Ilhas Faroé é considerada importante?

A mudança é considerada importante porque reforça o direito das mulheres a decidir sobre o próprio corpo, eliminando barreiras legais que podiam pôr em risco a sua saúde e segurança. A Amnistia Internacional destaca que leis restritivas obrigam muitas vezes a recorrer a abortos inseguros, pelo que esta revisão é um progresso na proteção dos direitos humanos.

Que impacto pode ter esta nova lei na saúde das mulheres nas Ilhas Faroé?

A nova lei pode reduzir os riscos associados a abortos clandestinos, que são frequentemente perigosos. Ao legalizar e regular o procedimento, as mulheres passarão a ter acesso a serviços médicos seguros e acompanhados por profissionais, melhorando assim a sua saúde e bem-estar, conforme sublinhado pela Amnistia Internacional.

Esta alteração legal nas Ilhas Faroé segue alguma tendência global?

Sim, a decisão das Ilhas Faroé alinha-se com uma tendência global de reconhecimento do aborto como um direito humano fundamental. Vários países têm vindo a rever as suas leis para garantir o acesso seguro e legal ao aborto, seguindo recomendações de organizações como a Amnistia Internacional, que defende estas mudanças como essenciais para a igualdade de género.

Que obstáculos ainda podem existir apesar desta alteração na lei?

Mesmo com a alteração legal, podem persistir desafios como o estigma social, a falta de informação ou dificuldades no acesso a serviços de saúde em algumas zonas. A Amnistia Internacional alerta que a implementação efetiva da lei requer também medidas complementares, como campanhas de sensibilização e formação de profissionais de saúde.

Qual é a posição da Amnistia Internacional sobre esta mudança nas Ilhas Faroé?

A Amnistia Internacional saúda a votação como um "passo importante" para assegurar o aborto seguro e legal, reforçando que esta medida é vital para proteger os direitos das mulheres e garantir que nenhuma pessoa é forçada a recorrer a práticas inseguras. A organização continua a advogar por reformas semelhantes noutros países onde o aborto ainda é criminalizado ou restrito.

⚠️ Este painel de questões relacionadas foi criado com IA mas revisto por um humano.

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