(ACÇÃO ENCERRADA)
Em Janeiro de 2002 começaram a chegar os primeiros prisioneiros ao centro de detenção de Guantánamo. Desde então já passaram por aquele centro mais de 700 homens, na sua grande maioria submetidos a condições desumanas e degradantes e a regime de isolamento, condições que violam a proibição internacional da tortura e maus tratos.
Em muitas ocasiões, os presos não tiveram qualquer contacto com o exterior. Alguns deles sofreram tortura e outros maus tratos antes de chegarem a Guantánamo, enquanto estiveram sob detenção secreta.
Desde que lhes foi concedido o acesso limitado à assistência jurídica e a material de escrita, foram conhecidas algumas das suas palavras, frequentemente sob a forma de poemas e cartas.
Conheça alguns dos seus testemunhos.
No ano do 7º aniversário de Guantánamo, a AI promove uma acção de solidariedade com os detidos. Ajude-nos a levar a esperança a estes prisioneiros, escrevendo-lhes uma mensagem de solidariedade.
Os presos que já foram libertados explicaram à AI que as cartas que receberam lhes deram força e ajudaram a levantar o ânimo, arrasado pelo carácter indefinido e pelas condições de detenção em Guantánamo.
Levaremos a cabo esta campanha até 1 de Maio, abrangendo alguns dos detidos aos quais é permitido escrever cartas e/ou nos casos em que a AI recebeu o consentimento dos respectivos advogados para o fazer.
Este mês propomos-lhe que escreva a:
Omar Hamzayavich Abdulayev (num.detido: 257)
Omar Khadr (num.detido: 766)
Binyam Mohamed (num.detido: 1458)
Expressando a sua solidariedade. As cartas/postais deverão ser breves e escritas em inglês de forma simples e acessível. Não inclua quaisquer comentários políticos e evite referir-se à religião. Coloque o seu nome e endereço (se preferir coloque o endereço da AI Portugal) e se receber alguma resposta, por favor, envie-nos uma cópia.
EscrevA PARA:
Nome do detido
(Núm.de detido:______)
Camp Delta
U.S. Naval Base Guantánamo Bay
Washington, D.C. 20355
Estados Unidos da América
Omar Hamzayavich Abdulayevafirma que vivia num campo de refugiados perto de Peshawar quando agentes dos serviços de informação paquistaneses o detiveram em Novembro de 2001, num bazar. Declarou que foi torturado para que redigisse documentos que o incriminariam. Foi transferido para outra prisão antes de ser entregue às autoridades americanas e transportado para a base aérea de kandahar, no Afeganistão.