7 Dezembro 2023

 

  • Amnistia Internacional reúne-se com Presidente da República português em audiência a propósito da visita da Presidente da Direção Internacional da Amnistia Internacional, Dr. Anjhula Mya Singh Bais, à secção portuguesa da organização;
  • Dois meses após o início do conflito, a Amnistia Internacional Portugal entrega a Presidente da República 13.053 assinaturas por um cessar-fogo entre o Estado de Israel e o Hamas.

 

A Amnistia Internacional reúne-se em audiência com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a propósito da visita da Presidente da Direção Internacional da Amnistia Internacional, Dr. Anjhula Mya Singh Bais, à secção portuguesa da Amnistia Internacional. A audiência decorre esta quinta-feira (7 de dezembro) no Palácio de Belém às 16h00m.

Será um momento de apresentação de cumprimentos, de agradecimento pela condecoração da Amnistia Internacional como Membro Honorário da Ordem da Liberdade em 2021, de apelo à intervenção de Portugal na diplomacia para a paz e para os direitos humanos no mundo e de entrega das assinaturas da petição da Amnistia Internacional que exige um cessar-fogo entre o Estado de Israel e o Hamas, já que é precisamente neste dia 7 de dezembro que se assinalam dois meses de conflito, marcados por constantes ataques ilegais e um número cada vez mais assustador de mortes.

A representar a Amnistia Internacional na audiência estará a Presidente da Direção Internacional da Amnistia Internacional, Dr. Anjhula Mya Singh Bais, a Presidente da Direção da Amnistia Internacional Portugal, Patrícia Filipe, e o diretor executivo da Amnistia Internacional Portugal, Pedro A. Neto, disponível para declarações no local.

A Presidente da Direção Internacional da Amnistia Internacional, Dr. Anjhula Mya Singh Bais, em visita à secção portuguesa da Amnistia Internacional

 

Até ao momento, a petição pelo cessar-fogo entre o Estado de Israel e o Hamas já recolheu 13.053 assinaturas em Portugal, e mais de um milhão a nível global. Em contexto nacional, pelo menos 72 organizações da sociedade civil subscreveram a mesma petição.

Esta petição foi subscrita por, pelo menos, 72 organizações da sociedade civil em Portugal. Por todo o mundo, já mais de um milhão de pessoas se juntaram a este apelo.

Ao longo das últimas semanas, a organização tem alertado que o fim dos ataques ilegais travaria quer o sofrimento dos civis de ambos os lados, quer o número de mortos que aumenta a cada dia. Desde dia 7 de outubro, mais de 15.000 palestinianos foram mortos na Faixa de Gaza, entre os quais pelo menos 5.500 crianças. Por sua vez, em Israel, pelo menos 1.400 pessoas foram mortas.

A 1 de dezembro, 113 reféns detidos pelo Hamas e por outros grupos armados da Faixa de Gaza tinham sido libertados. Por outro lado, foram igualmente libertados 240 palestinianos detidos nas prisões israelitas. Tudo isto ocorreu no âmbito de um acordo celebrado durante uma “pausa humanitária”, que teve início a 24 de novembro e terminou a 1 de dezembro. No entanto, o cessar-fogo permanece fundamental também para negociar a libertação daqueles que permanecem reféns, proporcionando-lhe um regresso seguro para junto das famílias. É ainda crucial para que as agências humanitárias façam chegar o seu apoio à Faixa de Gaza, aliviando a crise humanitária que se sente.

O diretor-executivo da Amnistia Internacional Portugal, Pedro A. Neto, destaca a importância de um conjunto cada vez maior de vozes e assinaturas que pedem o cessar-fogo imediato:
“Somos já mais de um milhão a apelar por este tão necessário cessar-fogo, capaz de privilegiar uma proteção efetiva de civis e dos reféns, bem como a ajuda humanitária à Faixa de Gaza e a realização de investigações internacionais independentes sobre os crimes de guerra cometidos por todas as partes. Seremos ainda mais, porque não há forma de o número de assinaturas não crescer quando é tão evidente o desprezo flagrante das vidas civis que temos testemunhado nas últimas semanas. Não há como ficar indiferente a este sofrimento. O cessar-fogo é a única forma de salvar vidas. O cessar fogo é a única forma de olhar para as causas profundas deste conflito e de o começar a resolver em definitivo”.

“O cessar-fogo é a única forma de salvar vidas. O cessar fogo é a única forma de olhar para as causas profundas deste conflito e de o começar a resolver em definitivo”

Pedro A. Neto

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