29 Abril 2022

Foi esta quinta-feira, 28 de abril, que a Amnistia Internacional – Portugal organizou uma manifestação pela “Liberdade na Rússia para quem defende a paz”, frente à Embaixada da Federação da Rússia em Lisboa, que foi acompanhada por dezenas de pessoas.

Face à contínua repressão das autoridades russas sobre manifestações pacíficas de oposição à invasão militar da Rússia à Ucrânia, esta iniciativa da Amnistia Internacional – Portugal procurou replicar estas manifestações em Lisboa, onde se usufrui de liberdade para as fazer. O seu objetivo primordial foi enviar uma mensagem de solidariedade aos manifestantes na Rússia, para que saibam que, se não podem exercer os seus direitos de forma segura, nós faremos isso por si, garantindo que sabem que não estão sozinhos e que as suas vozes são ouvidas.

A Amnistia Internacional – Portugal recorreu às mesmas mensagens que foram censuradas pelas autoridades russas, e alguns dos seus elementos permaneceram de mãos atadas e boca tapada no decorrer do protesto, para simbolizar a proibição sobre a população russa para se expressar e manifestar pacificamente.

“A repressão das autoridades russas sobre as vozes dissidentes e os meios de comunicação social ganhou força desde a invasão do país à Ucrânia, a 24 de fevereiro. Ainda assim, apesar da violenta resposta das autoridades em protestos pacíficos, os manifestantes continuam, corajosamente, a sair às ruas. A sua mensagem de paz é um contraste tão gritante com a propaganda do Estado, que as manifestações são dispersas imediata e brutalmente, com milhares de manifestantes a serem detidos arbitrariamente.” refere Paulo Fontes, diretor de comunicação e campanhas da Amnistia Internacional – Portugal.

“A sua mensagem de paz [dos manifestantes] é um contraste tão gritante com a propaganda do Estado, que as manifestações são dispersas imediata e brutalmente, com milhares de manifestantes a serem detidos arbitrariamente”

Paulo Fontes

“O parlamento russo introduziu nova legislação para aprofundar a criminalização da partilha daquilo que considerar como “informação falsa” sobre as atividades das Forças Armadas Russas, que “desacredite” as tropas russas. Qualquer pessoa acusada por cometer estes “crimes” poderá enfrentar multas elevadas ou uma pena de prisão até 15 anos” acrescenta Paulo Fontes.

“O parlamento russo introduziu nova legislação para aprofundar a criminalização da partilha daquilo que considerar como “informação falsa” sobre as atividades das Forças Armadas Russas, que “desacredite” as tropas russas”

Paulo Fontes

A Amnistia Internacional – Portugal tem ainda disponível uma petição, dirigida a Mikhail Kamynin, Embaixador da Federação da Rússia em Portugal, que apela à proteção de todos aqueles que protestam na Rússia contra o fim da invasão militar, o fim da repressão aos manifestantes e o fim da agressão contra a Ucrânia.

A manifestação reuniu dezenas de participantes frente à Embaixada da Federação Russa em Lisboa

 

Um dos objetivos da manifestação era tornar visível a repressão que se sente na Rússia sobre a liberdade de expressão e a violência das autoridades russas contra os manifestantes

 

 

Manifestantes com mensagens da Amnistia Internacional – Portugal, as mesmas que foram alvo de repressão na Rússia

 

Paulo Fontes, diretor de comunicação e campanhas, em declarações à RTP que, a par com outros órgãos de comunicação social, marcou presença na manifestação
Agir Agora

Liberdade na Rússia para quem defende a paz (petição encerrada)

Liberdade na Rússia para quem defende a paz (petição encerrada)

As autoridades russas têm feito uma repressão sem precedentes sobre o jornalismo independente, manifestações antiguerra e vozes dissidentes.

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