contexto

Em agosto de 2021, os Talibãs recuperaram o poder no Afeganistão e, com eles, voltaram, também, as crescentes restrições dos direitos das mulheres.

Apenas entre maio e agosto desse ano, cerca de 80%, dos 250.000 afegãos forçados a abandonar as suas casas foram mulheres e crianças ("De acordo com a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (UNHRC) mais de 1.600.000 de afegãos fugiram do seu país desde 2021." ).

À luz de mais de 50 decretos, ordens e restrições, as autoridades Talibãs impuseram um modo de vida que eliminou os direitos que as mulheres e raparigas afegãs, de todo o país, tinham conquistado, nos últimos 20 anos.

Começaram por restringir o acesso à educação das raparigas e o direito das mulheres ao trabalho, passando, depois, a aplicar códigos de vestuário e a impor severas restrições à liberdade de circulação e ao acesso à vida pública na sociedade.

Segundo a ONU, o Afeganistão é o país mais repressivo do mundo para as mulheres e as raparigas - 11,6 milhões de mulheres e raparigas afegãs necessitam de assistência humanitária.

As mulheres e raparigas afegãs foram alegadamente presas, detidas e chicoteadas arbitrariamente por alegado incumprimento das regras do hijab dos talibãs.

Em 2022, o Parlamento Europeu organizou debates e campanhas e apresentou resoluções sobre a situação dos direitos humanos no Afeganistão, nomeadamente a deterioração dos direitos das mulheres e os ataques contra instituições de ensino.

Mas desde o início de 2023, apesar das atrocidades que vemos nas notícias, a atenção dos decisores políticos em todo o mundo diminiu substancialmente face a este problema. Outras crises e guerras deixaram as mulheres afegãs para trás nas mentes e nas acções da opinião pública e dos decisores politicos mundiais.

Objetivos

#1

Sensibilizar o público, em geral, para a urgência de se encontrarem soluções para ajudar as mulheres afegãs a verem os seus direitos humanos respeitados, atenuando os efeitos adversos do regime talibã.

#2

Divulgar e recolher assinaturas para a petição da Amnistia Internacional, a recomendar ao Tribunal Penal Internacional, para que a Guerra dos Talibãs contra as mulheres seja criminalizada.

Ideia

Zarifa Ghafari x Katty Xiomara

Juntas, a designer de moda e ativista Katty Xiomara e a política e ativista afegã Zarifa Ghafari, deram uma nova vida às burcas que foram deixadas para trás, por mulheres que se viram forçadas a abandonar o Afeganistão, em agosto de 2021, após a tomada de poder dos Talibã.

No peito da blusa desenhada podemos ver a viseira da burca.

São peças de vestuário únicas e exclusivas que celebram a libertação das mulheres afegãs.

Uma nova vida para as burcas,

Uma nova vida para as mulheres afegãs.

Ação

O tempo está a passar e o mundo tem de se apressar para acabar com a opressão das mulheres afegãs.

Nesta campanha, convidamos várias mulheres influentes a trabalharem em equipa para alcançar a "meta", tal como numa corrida de estafetas.

Mas, em vez de passarem o testemunho, as participantes passarão as peças de roupa desenhadas por Katty Xiomara, como símbolo da causa e da voz de todas as mulheres afegãs.

Cada vez que uma mulher usar o vestido num contexto diferente, serão desenvolvidas campanhas de relações públicas e mediáticas.

ATUE AGORA

A Amnistia Internacional e a Comissão Internacional de Juristas consideram que os procuradores do Tribunal Penal Internacional devem incluir o crime contra a humanidade de perseguição de género na investigação sobre a situação no Afeganistão, que se encontra atualmente em curso. As organizações apelam também a outros Estados para que exerçam a jurisdição universal ou outros meios legais para levar a tribunal os membros dos Talibãs suspeitos de serem responsáveis por crimes de direito internacional.

Todas as assinaturas serão enviadas pela Amnistia Internacional ao Procurador-Geral do Tribunal Penal Internacional.

Assine a petição!