Crianças estigmatizadas, detidas e separadas à força das suas famílias
27 000 crianças estão em risco de vida, a viver em condições desumanas e privadas da sua liberdade em al-Hol, o extenso campo de refugiados, no nordeste da Síria. As nações e os governos com cidadãos em al-Hol devem tomar uma posição, proteger e repatriar já estas crianças
Nos últimos dois anos, estas crianças não tiveram acesso adequado a alimentos, água potável e serviços essenciais, como saúde e educação.
As detenções, separações das mães e cuidadores, o aumento do trabalho infantil, a violência e os assassinatos têm escalado e impactado severamente o crescimento e o desenvolvimento destas crianças.
“Dezenas de milhares de crianças da Síria, Iraque e mais de 60 outros países foram abandonadas à miséria, trauma e morte, simplesmente porque os seus governos se recusam a assumir as suas responsabilidades e trazer essas crianças de volta a um ambiente seguro”
Diana Semaan (investigadora da Amnistia Internacional, na Síria)
A secção principal do campo abriga sírios e iraquianos, enquanto a área do campo conhecida como Anexo – separada do campo principal por um posto de controlo – abriga todas as mulheres e crianças de outros países (exceto o Iraque).
As crianças do Anexo estão sujeitas a várias formas de separação forçada dos seus cuidadores e detenção apenas, por suspeita da potencial “radicalização” no futuro e sem qualquer evidência de irregularidades.
Enquanto o mundo assiste calado, o futuro destas crianças torna-se a cada dia mais incerto!
O que se passou?
Desde 2019, quando terminou o conflito com o grupo armado Estado Islâmico (EI) na Síria, cerca de 60 000 sírios, iraquianos e cidadãos de outros países, foram detidos no campo de al-Hol sem que as suas necessidades fossem devidamente analisadas, de acordo com o Escritório da ONU do Alto Comissário para os Direitos Humanos.
O campo abriga indivíduos com graus variados de afiliação ao EI, mas também milhares de indivíduos sem nenhuma associação que se reuniram no campo fugindo do conflito.
O que pedimos?
A comunidade internacional deve apoiar a Administração Autónoma na proteção da vida e dos direitos das crianças no campo de al-Hol e garantir que possam regressar em segurança aos seus lares.
Os governos não podem ignorar as suas obrigações internacionais de direitos humanos e defender o direito de todas as crianças à vida, à sobrevivência e ao desenvolvimento.
O que pode fazer HOJE por estas crianças?
Se tivermos o seu apoio e os fundos que precisamos conseguiremos continuar a lutar pelas 27 000 crianças de al-Hol e dos outros campos de refugiados, no norte da Síria.
Ajude-nos a não deixar cair em esquecimento estas 27 000 crianças!
Apoie-nos com o seu donativo.
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A Amnistia Internacional tem como dever expor violações e abusos de Direitos Humanos, fazer recomendações e propor soluções. Sempre que em qualquer parte do mundo alguém não puder usufruir livre e plenamente de todos os seus direitos humanos nós vamos agir.
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