30 de novembro de 2023

YASAMAN ARYANI

livre

Hoje, trazemos-lhe BOAS NOTÍCIAS!

YASAMAN ARYANI FOI LIBERTADA!

No Irão, Yasaman Aryani e a sua mãe, Monireh Arabshahi, foram libertadas após quatro anos na prisão por promoverem os direitos das mulheres de forma pacífica.

Em 2019, Yasaman, ativista iraniana e a sua mãe, foram injustamente condenadas a 16 anos de prisão por se manifestarem pacificamente contra as leis abusivas e discriminatórias do uso forçado do véu no Irão.

Yasaman e a sua mãe estão agora usufruir da sua liberdade, após quatro anos de prisão injusta, foram libertadas a 15 de fevereiro de 2023, podemos todos celebrar graças a todas as pessoas que em Portugal e no mundo se mobilizaram.

Mais de um milhão de pessoas em todo o mundo mobilizaram-se pela defesa de Yasaman Aryani e, só em Portugal, foram mais de 50.000 pessoas. Todas as assinaturas foram enviadas para as autoridades iranianas, e continuaremos a apelar por justiça até que todos os defensora de direitos humanos, no Irão, esteja em liberdade.

Obrigada por agir connosco!

AÇÃO DIA DA MULHER 2019

No Dia Internacional da Mulher, Yasaman e sua mãe Monireh, distribuíram flores brancas numa carruagem de metro em Teerão, exclusiva para mulheres, sem utilizarem o lenço islâmico, obrigatório no país.

Yasaman publicou um vídeo, desta ação de ativismo, que se tornou viral, nas redes sociais onde falou da sua esperança num futuro em que todas as mulheres pudessem ter liberdade de ser e escolher o que vestir: “Eu sem o hijab, vocês com o hijab”.

No entanto, só em abril desse ano a situação degenerou, quando Yasaman promoveu a peça “Actor’s Studio” no twitter, na qual iria desempenhar um papel. Acabou por ser afastada por pressão estatal e detida.

Segundo informações recolhidas mais tarde, esteve nove dias em prisão solitária no centro de Vozara. Durante esse período, terá sido submetida a intensas sessões de interrogatório, onde a pressionaram a confessar que a “oposição” do exterior “incentivou” o seu ativismo pelos direitos humanos e a garantir que estava “arrependida”.

A mãe de Yasaman, Monireh Arabshahi, foi detida com as mesmas acusações, depois de pedir informações sobre o paradeiro da filha, Yasaman, até então desconhecido.

Acusadas de “reunião e conluio para cometer crimes contra a segurança nacional”, “espalhar propaganda contra o sistema” e “incitar e facilitar a corrupção e a prostituição”, apenas por promoverem os direitos das mulheres de forma pacífica.

O seu ato de coragem percorreu o mundo e, finalmente, veem ser-lhes restituída a merecida e esperada liberdade.

MARATONA DE CARTAS 2019

Yasaman Aryani foi um dos casos da Maratona de Cartas em 2019, a maior campanha global de ativismo do mundo, tendo reunido, mais de um milhão de assinaturas em todo o mundo e, só em Portugal, mais de 50.000 assinaturas pela sua defesa e liberdade. Em Portugal, as assinaturas foram enviadas para a Embaixada do Irão em Lisboa. Todas as assinaturas têm sido enviadas para as autoridades iranianas.

Comemoramos a sua libertação, conscientes de que, todos os dias, quando alguém se envolve connosco, está a tornar a nossa ação mais poderosa e impactante. Ainda que se mantenham pertinentes e atuais os apelos para o fim da repressão no Irão contra quem exerce o seu direito à liberdade de expressão, esta é uma vitória de direitos humanos para comemorar e manter a esperança.

Conseguimos mudámos a vida de Yasaman e de sua mãe e de milhares de mulheres no Irão. A si, que nos segue e que não fica indiferente às violações de direitos humanos…Obrigada por agir connosco.

O QUE SE PASSA NO IRÃO?

O DIREITO DE EXPRESSAR OPINIÕES E IDEIAS É INALIENÁVEL E INTRÍNSECO À PRÓPRIA NATUREZA HUMANA.

O que Yasaman, a sua mãe Monireh Arabshahi e outros iranianos contestam é a lei que impõe o uso do véu a todas as mulheres. Quem ousa desafiar a norma é tratado como criminoso pelo Estado e pode ser acusado e condenado a uma pena de prisão, chicoteamento ou multa.

As forças de segurança têm repetidamente recorrido à força, nomeadamente a munições reais e de armas de pressão de ar (usadas a curta distância e diretamente contra os manifestantes), têm feito um uso indevido de gás lacrimogéneo, de canhões de água e agredido manifestantes com bastões.

Desde a morte de Mahsa, a Amnistia Internacional já registou a morte de dezenas de homens, mulheres e crianças. Já foram feridas centenas de pessoas, incluindo duas que acabaram por perder a visão num ou em ambos os olhos. A maioria destas pessoas tem receio de procurar cuidados médicos devido ao risco de detenção, aumentando assim o perigo de infeção ou outras complicações de saúde.

Além disso, as autoridades iranianas têm impedido, de novo, o acesso à internet para que consigam esconder estes crimes. Neste momento, a crise de impunidade que se verifica no Irão permitiu que as autoridades cometessem várias violações de direitos humanos sem qualquer receio das consequências.

É urgente que os vários Estados avancem com ações concretas e, no âmbito da sua ação nas Nações Unidas, nomeadamente no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, atuem para que cesse a impunidade aos graves crimes cometidos no Irão.

Portugal é um destes países que pode agir para fazer a diferença na proteção e promoção dos direitos humanos no Irão. A sua ação é fundamental na defesa da justiça, da liberdade e da dignidade.

O QUE QUEREMOS?

O fim da perseguição a todas as pessoas que defendem os direitos das mulheres no Irão. As leis que ditam o uso forçado do véu violam toda uma série de direitos, incluindo os direitos à igualdade, privacidade e liberdade de expressão e crença. E a libertação incondicional e retirada de acusações de todos os ativistas e defensores de direitos humanos detidos ou condenados injustamente.

A Amnistia Internacional tem como missão expor violações e abusos de Direitos Humanos, fazer recomendações e propor soluções. Sempre que alguém, em qualquer parte do mundo, for vítima de um qualquer abuso de direitos humanos, nós vamos agir.

Trabalhamos diariamente para que todas as pessoas, quem quer que sejam, onde quer que estejam, possam usufruir em pleno dos direitos humanos. E assim, juntos, construímos um mundo melhor para toda a humanidade.

O SEU APOIO VAI FAZER A DIFERENÇA NA VIDA DE MUITAS PESSOAS, ATIVISTAS E DEFENSORES DE DIREITOS HUMANOS EM TODO O MUNDO.

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