Com o genocídio em curso contra os palestinianos na Faixa de Gaza, os planos propostos pelo ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, de concentrar todos os residentes de Gaza numa chamada “cidade humanitária” nas ruínas de Rafah e impedi-los de deixar a área são ultrajantes, desumanos e ilegais, de acordo com a Amnistia Internacional.
Numa publicação na rede X (antigo Twitter), o escritório do Médio Oriente e Norte de África nota que estas declarações são nada menos do que uma intenção declarada de cometer crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Ilustram ainda mais a depravação e a imoralidade da atitude de Israel em relação a uma população que continua a bombardear, a matar à fome, a deslocar e a desumanizar.
“Realojar” palestinianos dentro de Gaza ou deportá-los contra a sua vontade equivaleria ao crime de guerra de transferência ou deportação ilegal e, quando cometido como parte de um ataque generalizado ou sistemático contra a população civil, constituiria também um crime.
“Realojar” palestinianos dentro de Gaza ou deportá-los contra a sua vontade equivaleria ao crime de guerra de transferência ou deportação ilegal e, quando cometido como parte de um ataque generalizado ou sistemático contra a população civil, constituiria também um crime
O facto de tais ameaças de cometer crimes de guerra e crimes contra a humanidade serem proferidas de forma tão descarada é um sintoma do fracasso dos líderes mundiais em responsabilizar Israel e os seus líderes pelo genocídio e outras atrocidades.
Os Estados devem abster-se de prestar qualquer apoio à transferência ou deportação ilegal de palestinianos, sob pena de se tornarem cúmplices dos crimes internacionais de Israel.