15 Novembro 2012

Aquando do encontro do Conselho de Segurança das Nações Unidas a 12 de novembro para finalizar a retirada da missão de manutenção de paz em Timor-Leste, a Amnistia Internacional afirmou que os perpetradores de homicídios e outras violações de Direitos Humanos durante a ocupação indonésia (1975-1999) e no contexto do referendo de 1999, não devem ficar impunes.

Muitos dos crimes cometidos – que incluem homicídios, desaparecimentos forçados, violações e outros crimes de violência sexual e tortura – constituem crimes de guerra. Porém, ninguém foi preso por estes atos, e as mais de 300 pessoas acusadas de crimes contra a humanidade e graves violações de Direitos Humanos continuam a fugir à justiça na Indonésia, cujas autoridades se recusam a cooperar com o sistema judicial das Nações Unidas em Timor-Leste e extraditar os acusados para julgamento.
 
“O facto de as Nações Unidas se retirarem de Timor-Leste não retira a responsabilidade à comunidade internacional. Levar justiça às vítimas destes crimes deve permanecer uma prioridade. Hoje, as Nações Unidas devem tornar claro que não haverá impunidade para os crimes cometidos durante a ocupação indonésia e no contexto do referendo de independência de 1999”, disse Isabelle Arradon, Diretora-Adjunta da Amnistia Internacional para a Ásia Pacífico.
 
Notícia relacionada: Tratar da Impunidade em Timor-Leste e na Indonésia – a justiça é a única maneira

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