6 Março 2009

Nova Iorque, Estados Unidos da América, 8 de Março de 1858: Mulheres com roupas de trabalho marcham pelas ruas exigindo melhores condições laborais, um horário de 10 horas diárias e direitos iguais aos dos homens. As suas filas foram rompidas pela polícia.
Nova Iorque, Estados Unidos da América, 8 de Março de 1908: 15.000 mulheres vestidas com roupas de trabalho marcham pelas ruas nova-iorquinas exigindo o direito ao voto, o encerramento das fábricas clandestinas e o fim ao trabalho infantil.
 

Estes são apenas alguns exemplos dos muitos movimentos de mulheres que, ao longo da História, têm vindo a lutar corajosamente pelos seus direitos. Lutas histórias pela igualdade e pela justiça, que são agora recordadas em todo o mundo a propósito do Dia Internacional da Mulher, que se assinalou a 8 de Março.

A luta continua

Os Direitos das Mulheres mudaram muito nas últimas décadas. Em muitos países, elas participam hoje activamente na vida política e têm dado passos muito significativos para alcançar a igualdade económica. Conquistas agarradas a pulso pelas próprias.

Contudo, é importante também referir, nesta altura em que se homenageiam as mulheres, que muitas continuam vulneráveis à violência sexual e a outras formas de violação dos seus direitos enquanto seres humanos. Uma realidade que tem sido comprovada por vários estudos nos últimos anos, revelando estes que a insegurança e a violência sobre as mulheres continuam presentes em todo o mundo. Situações que se agravam ainda mais em cenários de guerra ou contextos de pobreza.

Assim, e no seguimento do Dia Internacional da Mulher, é importante que fique a conhecer algumas das muitas lutas que continuam a ser travadas pelas mulheres um pouco por todo o mundo. E como não é possível falarmos de todas elas, destacamos este ano seis violações aos direitos das mulheres que continuam a ocorrer em seis países, nomadamente na Libéria, no Haiti, no Irão, na África do Sul, na Venezuela e na Grécia. Histórias que continuam a precisar de ser ouvidas.

Ajude-nos a levar mais longe o eco das vozes destas mulheres. Divulgue os seis casos e participe, até 15 de Março, nos apelos mundiais que vão ser enviados às autoridades de cada país, para que a 8 de Março de 2010 possamos dar muitos mais exemplos de sucesso!

(ACÇÃO ENCERRADA)

altA Libéria é um bom exemplo de como os cenários de guerra podem potenciar ainda mais a vulnerabilidade das mulheres. Durante as guerras civis que assolaram o país na década de 90, muitas foram raptadas e usadas como espias, cozinheiras ou combatentes.Saiba mais…

Assista ao documentáriosobre a sua luta, com testemunhos reais, e participe no apelo mundialque vai ser enviado à Presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf.

(ACÇÃO ENCERRADA)
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Para além dos conflitos armados, a vulnerabilidade das mulheres é fortemente potenciada pela pobreza, de que é exemplo a situação no Haiti, uma ilha paradisíaca onde muitas raparigas têm de se submeter a favores sexuais para conseguirem pagar as suas propinas escolares. Saiba mais…

E participe no apelo mundial que vai ser enviado à primeira-ministra haitiana, Michèle D. Pierre-Louis.

(ACÇÃO ENCERRADA) 

altNo Irão, a diferença entre os homens e as mulheres está bem vincada na lei. Como exemplo, refira-se que, em Tribunal, o testemunho de uma mulher vale menos do que o de um homem. Uma discriminação que, nos últimos 30 anos, tem começado a ser posta em causa pelo aumento da literacia entre as mulheres. No entanto, muito continua por fazer. Saiba mais…

E participe no apelomundial que vai ser enviado ao responsável máximo pela Justiça iraniana, Ayatollah Mahmoud Hashemi Shahroudi.

altApesar das situações de guerra e de pobreza, que tornam as mulheres mais vulneráveis à violência, continua a haver países como a África do Sul, onde a violência sobre as mulheres faz parte do dia-a-dia. Uma realidade que se torna ainda mais dramática se pensarmos que os serviços médicos não estão acessíveis a todas elas. Saiba mais…

E participe escrevendo à Embaixadora da República da África do Sul em Portugal, Thanddiwe Profit- Mclean (com conhecimento para a AI Portugal, pelo email [email protected]Este endereço de email está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email). A carta à altEmbaixadora pode ser enviada via email, para o endereço [email protected]Este endereço de email está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email

O caso da Venezuela é paradigmático no que diz respeito à violência sobre as mulheres. Entre 1999 e 2007, 30 mil mulheres denunciaram esta realidade à linha telefónica de emergência existente no país. Isto quando se acredita que apenas 1 em cada 9 mulheres revelem a violência de que são vítimas. Saiba mais…

E participe assinando a petição online que vai ser enviada ao Governo venezuelano.

Uma última situação ligada às mulheres que tem de ser denunciada é a que se vive na Grécia, onde as empregadas de limpeza que fazem a manutenção de empresas, públicas e privadas, são muitas vezes exploradas pelos seus patrões. Mais grave ainda é o facto de algumas delas estarem a sofrer ataques e altrepressões pelo simples facto de denunciarem estas situações. Saiba mais…

E participe assinando a petiçãoonline que vai ser enviada ao Governo grego.

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