- Dia Internacional dos Direitos Humanos com dia repleto de atividades, conversas e momentos de celebração na sede da Amnistia
- Este evento é também uma oportunidade de agir, nomeadamente pela Maratona de Cartas
- Escolas e estruturas dinamizaram várias atividades relacionadas com o dia, multiplicando conversas e atividades sobre os direitos humanos
A Amnistia Internacional – Portugal celebrou o Dia Internacional dos Direitos Humanos com um dia de portas abertas. A nova sede da organização, em Santo Amaro, Oeiras, foi palco de um evento especial que, durante o dia 10 de dezembro, proporcionou um momento de promoção dos direitos humanos e da Maratona de Cartas.
O evento foi também espaço para agir por um mundo mais justo e com respeito pelos direitos de todos. Foram pintadas aguarelas, com símbolos e desenhadas e escritas mensagens em postais para Manahel, Maryia, Neth, Kyung, Şebnem e a comunidade Wetʼsuwetʼen, os seis casos que a Secção Portuguesa acompanha na Maratona de Cartas — o evento que, de novembro até janeiro, mobiliza milhões de pessoas por todo o mundo para atuarem em defesa de pessoas e comunidades que veem os seus direitos humanos violados.
Estes casos foram ainda pretexto para duas conversas em torno dos combustíveis fósseis e da liberdade de expressão, questões presentes nos casos da Maratona de Cartas. Joana Guerra Tadeu, que se apresenta como a “Ambientalista Imperfeita”, trouxe um olhar assertivo e crítico sobre os combustíveis fósseis, expondo como as opções quotidianas condicionam cada vez mais o estado do clima. Por sua vez, Sofia Branco, jornalista, ex-presidente da Direção do Sindicato dos Jornalistas, debateu com a audiência o estado da liberdade de expressão, em Portugal e no mundo.
A zumba (a saudita Manahel, presa por partilhar fotos, é instrutora de fitness) e um café-concerto foram ainda momentos de celebração neste dia na sede, com um quizz sobre direitos humanos pelo meio, para exercitar conhecimentos na matéria.
Pelo país, a celebração dos direitos humanos
Coimbra, Estremoz e Ponta Delgada foram outras três paragens obrigatórias neste Dia Internacional dos Direitos Humanos, com debates e sessões de esclarecimento.
Em Coimbra, ainda no dia 9, na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade, houve espaço para um debate sobre discriminação em ambiente académico, e depois, no próprio dia 10, uma parceria da estrutura local com Associação Akto dinamizou um “cinedebate”, com a exibição do filme “Lilya Para Sempre” (descrito como um filme sombrio e uma descida aos infernos da juventude perdida na ex-União Soviética).
No meio do Atlântico, o Bar Mercado Negro, em Ponta Delgada, foi palco de uma sessão de esclarecimento sobre a Amnistia Internacional e a Maratona de Cartas, e por Estremoz debateram-se “Os Direitos Humanos são de Todos”, na Sociedade de Artistas Estremocenses.
Também pelas escolas, de norte a sul, muitos foram os estudantes que dedicaram uma parte do seu dia a atividades no âmbito do dia internacional — como retratam algumas das fotos disponibilizadas abaixo.