Um juiz de um tribunal dos Estados Unidos da América (EUA) libertou Mahmoud Khalil, sob fiança. Este ativista palestiniano e organizador estudantil, que se formou recentemente na Universidade de Columbia, tinha sido detido de forma ilegal e arbitrária pelas autoridades de imigração americanas.
A diretora regional da Amnistia Internacional para as Américas, Ana Piquer, sublinhou que “após mais de três meses de detenção injusta, Mahmoud Khalil finalmente conseguiu recuperar a liberdade para regressar a casa, abraçar a sua mulher e pegar no seu filho nos braços”.
A detenção de Khalil, afirmou Ana Piquer, “não só foi desnecessária, como também emblemática de um esforço mais amplo da administração Trump para reprimir a solidariedade com o povo palestiniano e usar o sistema de imigração como arma”. E acrescentou: “Mahmoud foi alvo de perseguição por exercer os seus direitos humanos à liberdade de expressão e de reunião pacífica. Todos estes direitos devem ser respeitados nos EUA e em todo o mundo, sem exceção”.
Para a responsável da Amnistia Internacional, a organização continua “profundamente preocupada com o uso crescente de detenções, intimidação, deportação e desrespeito ao direito ao devido processo legal, para silenciar protestos e esfriar o debate público nos EUA”.
Ana Piquer completou: “Não se trata apenas de um estudante, mas de um padrão crescente de práticas autoritárias do governo Trump que minam os direitos humanos. Exortamos o governo dos EUA a pôr fim à perseguição política de estudantes e outras pessoas com base nas suas crenças e a respeitar a liberdade de expressão. A detenção de Mahmoud é um forte lembrete dos direitos humanos que estão em jogo no país, e continuaremos a acompanhar o seu caso”.