30 Janeiro 2021

Fernando Santos é o protagonista de um vídeo inspirador lançado, hoje, pela Amnistia Internacional em estreita parceria com a Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Em pleno Dia Internacional da Não Violência e da Paz nas Escolas, as duas organizações voltam a unir esforços em nome da educação para os direitos humanos, passando a mensagem de que o racismo, a xenofobia e a discriminação não têm lugar no futebol.

A ação começa com uma palestra de Fernando Santos, que se torna viral depois de cair em aplicações de mensagens e redes sociais. Numa rara oportunidade de ouvir as palavras que o selecionador nacional transmite aos jogadores, percebemos que não é só a vitória que importa. Os craques, lembra, também devem dar o exemplo dentro de campo.

“Lembrem-se que somos todos seres humanos, somos todos iguais, não interessa a cor da pele, a raça, o género ou a orientação sexual. Não entrem na onda das ofensas, não deem espaço ao racismo. A educação vem muito antes da rivalidade. Está na hora de dar o nosso melhor, sem esquecer o mais importante que podemos dar: o exemplo”

Fernando Santos, selecionador nacional de futebol

Inserido no projeto “Eu Jogo Pelos Direitos Humanos”, que a Amnistia Internacional lançou em setembro de 2020”, o vídeo resulta de uma parceria, além da FPF, com a Havas Lisboa e a Garage Films. Nele, Fernando Santos convoca todos os agentes desportivos a darem um exemplo à sociedade, a partir da educação e do respeito pela liberdade, igualdade e inclusão. Dentro ou fora das quatro linhas, não há espaço para a violência e o discurso de ódio.

“O que fazem no campo influencia quem joga à bola no bairro, na escola, em todo o lado. Lembrem-se que somos todos seres humanos, somos todos iguais, não interessa a cor da pele, a raça, o género ou a orientação sexual. Não entrem na onda das ofensas, não deem espaço ao racismo. A educação vem muito antes da rivalidade. Está na hora de dar o nosso melhor, sem esquecer o mais importante que podemos dar: o exemplo”, afirma Fernando Santos no vídeo da Amnistia Internacional.

O lançamento coincide com o Dia Internacional da Não Violência e da Paz nas Escolas, uma data instituída em 1964 com o objetivo de alertar alunos e toda a sociedade para valores como o respeito, a tolerância e a solidariedade.

“A educação para os direitos humanos vai muito além das escolas e com o projeto ‘Eu Jogo Pelos Direitos Humanos’ estamos a convocar todos os agentes desportivos – atletas, treinadores, árbitros, adeptos e demais intervenientes – para vestirem a camisola dos direitos humanos e usarem a sua influência mediática de uma forma positiva e formativa”

Paulo Fontes, diretor de Comunicação e Campanhas da Amnistia Internacional Portugal

“Neste vídeo fica muito claro como o desporto pode ser um exemplo de direitos humanos para a sociedade porque, na sua essência, é inclusivo e multicultural. A educação para os direitos humanos vai muito além das escolas e com o projeto ‘Eu Jogo Pelos Direitos Humanos’ estamos a convocar todos os agentes desportivos – atletas, treinadores, árbitros, adeptos e demais intervenientes – para vestirem a camisola dos direitos humanos e usarem a sua influência mediática de uma forma positiva e formativa. Juntos e juntas, vamos contribuir para um mundo melhor, sem violência e mais tolerância”, nota o diretor de Comunicação e Campanhas da Amnistia Internacional Portugal, Paulo Fontes.

“Eu Jogo Pelos Direitos Humanos” é uma iniciativa inédita de consciencialização para os direitos humanos através do desporto, centrada numa primeira fase no futebol, mas que pretende abranger brevemente outras modalidades. Tem como objetivo envolver todos os agentes desportivos para colocar um ponto final às situações de violência, racismo, intimidação, ameaças à integridade física (pessoal e familiar), discurso de ódio e casos de tráfico de seres humanos.

O projeto junta entidades governamentais, FPF, Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Fundação do Futebol, Olivedesportos, Fun Addict, NOS, Sport TV, Altice, entre outros parceiros. Fernando Santos é uma das personalidades que dá a cara à iniciativa desde o seu início, assim como jogadores da seleção de futebol masculino, internacionais A de futebol feminino, internacionais de futsal, feminino e masculino, árbitros e outras personalidades do mundo do desporto.

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