- Jovens ativistas dos direitos digitais entregam hoje petição com 170 260 assinaturas de todo o mundo, das quais 21 136 de Portugal, nos escritórios do Tik Tok, em Dublin, Irlanda
- Investigação da Amnistia Internacional mostra que o modelo de negócio do TikTok prioriza o envolvimento para manter os utilizadores viciados
- “Estas assinaturas representam uma exigência global para que o TikTok substitua o seu atual modelo de negócio de uma aplicação viciante por um modelo seguro. O seu design tóxico causou danos a crianças em muitas partes do mundo” – Zahra Asif Razvi
Quatro jovens ativistas dos direitos digitais da Irlanda, Argentina e França entregam hoje uma petição nos escritórios do TikTok em Dublin, Irlanda, a exigir que a empresa corrija o seu design tóxico e viciante, que expõe crianças e jovens a conteúdos prejudiciais.
A petição intitulada “Torne o TikTok mais seguro para crianças e jovens” tem 170 260 assinaturas de todo o mundo, das quais 21 136 de Portugal, será entregue por Mary Kate Harten e Trinity Kendi, da Irlanda, Abril Perazzini, da Argentina, e Noe Hamon, da França.
A petição destaca os danos associados às funcionalidades da plataforma, que priorizam o envolvimento em detrimento da segurança dos utilizadores.
“Estas assinaturas representam uma exigência global para que o TikTok substitua o seu atual modelo de negócio de uma aplicação viciante por um modelo seguro. O seu design tóxico causou danos a crianças em muitas partes do mundo”, afirmou Zahra Asif Razvi, ativista da Amnistia Internacional.
“O TikTok deve tornar a sua plataforma segura para que crianças e jovens possam socializar, aprender e aceder a informações sem serem prejudicados”, adicionou.
“O TikTok deve tornar a sua plataforma segura para que crianças e jovens possam socializar, aprender e aceder a informações sem serem prejudicados.”
Zahra Asif Razvi
A investigação da Amnistia Internacional mostra que o modelo de negócio do TikTok prioriza o envolvimento para manter os utilizadores viciados e impulsiona uma extensa recolha de dados direcionada aos anunciantes.
A Amnistia Internacional também constatou repetidamente que o feed “Para ti” do TikTok pode empurrar crianças e jovens para um ciclo de depressão, automutilação e conteúdos relacionados com o suicídio.
Em França, jovens entrevistados numa recente investigação da Amnistia Internacional relataram fluxos de vídeos que normalizavam e encorajavam a automutilação e o suicídio depois de visualizarem conteúdos relacionados com a saúde mental. Pais de crianças que se suicidaram descreveram o horror de descobrir o conteúdo que o TikTok tinha estado a empurrar para os seus filhos.
Contexto
Em 2023, a Amnistia Internacional publicou dois relatórios que documentam como o sistema de recomendação do TikTok e as suas práticas invasivas de recolha de dados amplificaram conteúdos depressivos e suicidas, colocando os jovens utilizadores da plataforma com problemas de saúde mental pré-existentes em maior risco.
Apesar das medidas de mitigação de risco anunciadas pelo TikTok desde 2024, a plataforma continua a expor utilizadores vulneráveis a conteúdos que normalizam a automutilação, o desespero e os pensamentos suicidas.
O que exige a petição global dirigida ao TikTok que já reuniu mais de 170 000 assinaturas?
▼Quais são os principais problemas apontados no design do TikTok que justificam esta petição?
▼Quem está por trás desta iniciativa de recolha de assinaturas contra o TikTok?
▼Que tipo de mudanças específicas são sugeridas para tornar o TikTok menos viciante?
▼Por que razão os jovens são considerados o grupo mais vulnerável aos efeitos do design do TikTok?
▼⚠️ Este painel de questões relacionadas foi criado com IA mas revisto por um humano.


