“O que me está a acontecer é um registo vivo e palpitante da nossa era. Por causa da minha detenção, os procuradores vão receber um bónus patético e eu vou receber a imortalidade e uma experiência única da prisão e da minha investigação, que poderei contar ao mundo com todas as suas cores e pormenores.”

Aleksandra Skochilenko

Conheça o Caso de Aleksandra Skochilenko

 

Os direitos à liberdade de expressão e reunião pacífica estão severamente restringidos na Rússia. Praticamente todos os principais canais de televisão e jornais são controlados pelo governo ou autocensuram-se na cobertura que dão a assuntos sensíveis ao Kremlin, incluindo a invasão da Rússia à Ucrânia. Os restantes meios independentes enfrentam o risco de serem encerrados, multados ou designados de “agentes estrangeiros”, o que muitas vezes resulta na perda de benefícios publicitários e, até mesmo, acusações. A liberdade de expressão online também está sujeita a monitorização e censura por parte das agências estatais que identificam e acusam quem viola as restrições impostas.

Foi perante este contexto que a vida de Aleksandra (ou Sasha) mudou radicalmente.

Aleksandra Skochilenko é uma defensora de direitos humanos russa, apaixonada por música e outras formas de arte. Toca vários instrumentos, organizava várias sessões de música ao vivo e é conhecida por utilizar a arte para combater o estigma das doenças mentais e para defender os direitos da comunidade LGBTI.

Preocupada com a invasão russa da Ucrânia, Aleksandra decidiu agir. No dia 31 de março de 2022, substituiu as etiquetas dos preços de vários produtos num supermercado local em São Petersburgo por papéis com informações sobre o bombardeamento russo ao teatro de Mariupol, na Ucrânia, onde centenas de pessoas se abrigavam.

Por essa ação pacífica de sensibilização foi detida no dia 11 de abril de 2022 e acusada de “disseminação pública de informação reconhecidamente falsa sobre o uso das Forças Armadas da Federação Russa” – um novo artigo no código penal introduzido pelo governo russo, em março de 2022, com vista a impedir que a população russa critique a invasão à Ucrânia.

Aleksandra está detida em condições terríveis e foi condenada a uma pena de 7 anos de prisão. Tem passado fome durante a maior parte do tempo porque, sendo celíaca, não tem acesso à comida sem glúten de que precisa. Para piorar, é ameaçada por quem trabalha no centro de detenção e pelas próprias colegas de cela.

 

Exija a Libertação imediata e incondicional de Aleksandra Skochilenko

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