A Amnistia Internacional Portugal realizou ontem, 9 de novembro, uma vigília de silêncio e sem bandeiras pelo cessar-fogo imediato no conflito entre o Estado de Israel e o Hamas, no Jardim Roque Gameiro – Cais Sodré, em Lisboa. Pelo país, a ação foi replicada em Coimbra e Estremoz e, até dia 13 de novembro, ocorrerá ainda em Ponta Delgada, Horta, Fundão, Ferreira do Zêzere, Barreiro e, novamente, em Coimbra.

Para esta vigília, a Amnistia Internacional convida todos aqueles que se queiram juntar a trazer, ou a realizar no local, origamis em forma de pomba, enquanto símbolo de apoio ao cessar-fogo. A Amnistia Internacional tem vindo a apelar a um cessar-fogo por todas as partes, relembrando que o término dos ataques ilegais travaria, quer o sofrimento dos civis de ambos os lados, quer o número de mortos que cresce a cada dia. O cessar-fogo proporcionaria também a oportunidade de negociar a libertação dos reféns detidos pelo Hamas, e permitiria que as organizações e agências de ajuda humanitária fizessem chegar o seu apoio à Faixa de Gaza, de forma segura e incondicional. Até agora, pelo menos 5000 pessoas já juntaram o seu apoio e assinatura à petição da Amnistia Internacional pelo cessar-fogo em Israel e nos Territórios Palestinianos Ocupados. Também pelo menos 56 organizações da sociedade civil subscreveram a mesma petição.

“Esta vigília é um apelo cada vez mais aflitivo e urgente para o fim do sofrimento civil, que tem sido imenso de ambos os lados, com famílias inteiras perdidas para sempre e familiares desesperados sem saber se algum dia voltarão a ver os seus entes queridos. Só o cessar-fogo pode fazer com que a proteção dos civis seja privilegiada e respeitada em pleno, para que os reféns israelitas sequestrados pelo Hamas possam ser libertados e para que a ajuda humanitária possa entrar na Faixa de Gaza, onde é criticamente indispensável. É tempo de agir! A humanidade tem de prevalecer”, sublinha Pedro A. Neto, diretor executivo da Amnistia Internacional Portugal.

“Esta vigília é um apelo cada vez mais aflitivo e urgente para o fim do sofrimento civil, que tem sido imenso de ambos os lados, com famílias inteiras perdidas para sempre e familiares desesperados sem saber se algum dia voltarão a ver os seus entes queridos”

Pedro A. Neto

Fotografias da vigília em Lisboa: