25 Novembro 2010

“A violação e abuso sexual de raparigas entre os 13 e os 15 anos – são estes os casos que recebemos com mais frequência aqui no centro. Quem são os responsáveis? Uma grande maioria é abusada pelos membros da própria família, tios, primos, padrastos, pais, avôs.”
Director de um Centro que proporciona apoio a vítimas de violência doméstica e outros tipos de violência, Granada, Nicarágua 
As violações e abusos sexuais são práticas generalizadas na Nicarágua e a maior parte das vítimas são jovens mulheres. Mais de dois terços das violações denunciadas à polícia entre 1998 e 2008 (mais de 14,000 casos) foram cometidas contra raparigas menores de 17 anos e em mais de metade as vítimas eram menores de 14 anos. 

Os responsáveis por estes abusos são frequentemente membros da família que pressionam as suas vítimas a manterem o silêncio. 

 Da mesma forma, a sociedade leva estas raparigas ao isolamento, quando estas se defrontam com diversos obstáculos, em vez do apoio de que necessitam. 

A falta de programas do governo para sensibilizar e mudar os comportamentos sociais significa que muito frequentemente, são as vítimas e não os abusadores, que são culpabilizados. 

“Digam a alguém. Vocês não têm que continuar assim. Falem com a vossa mãe. Com muita ajuda sim, é possível seguir em frente com a vossa vida”
Mensagem de Alexandra, de 12 anos, para outras raparigas que possam ser vítimas de violência sexual 

Apesar de recomendações feitas pelas Nações Unidas ao governo, as autoridades da Nicarágua continuam a não encarar esta realidade com a urgência que é necessária. 

Assine a petição para o Presidente da República da Nicarágua e dê voz a estas raparigas! 

Junte-se a nós nestes 16 Dias de Activismo Contra a Violência de Género, ficando atento a mais notícias de violações de direitos humanos e participando nos apelos que propomos ao longo da semana!

Veja a nossa reportagem fotográfica sobre a violência de género na Nicarágua.

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