10 Outubro 2025

 

  • Mesmo quando foi inicialmente proibida de participar nas eleições e depois forçada a esconder-se, María Corina Machado recusou-se a ser silenciada
  • “Para todos os venezuelanos que foram considerados opositores, dissidentes ou críticos por causa de sua crença nos direitos humanos, este prémio deve marcar um ponto de viragem na história” — Erika Guevara-Rosas
  • “Esperamos que este prémio e o seu reconhecimento global gerem uma atenção renovada à crise dos direitos humanos na Venezuela e ajudem a impulsionar o apoio da comunidade internacional necessários aos mecanismos de justiça internacional” — Erika Guevara-Rosas

 

 

Erika Guevara-Rosas, diretora sénior de Investigação, Advocacia, Política e Campanhas da Amnistia Internacional reagiu à notícia da atribuição do Prémio Nobel da Paz de 2025 à ativista democrática e líder da oposição venezuelana, María Corina Machado.

“Este é um reconhecimento importante para María Corina Machado, mas também para o povo da Venezuela que, durante anos, sofreu repressão e perseguição por ousar pensar de forma diferente e desafiar as autoridades por violações dos direitos humanos. Mesmo quando foi inicialmente proibida de participar nas eleições e depois forçada a esconder-se, María Corina machado recusou-se a ser silenciada e continuou a manifestar-se contra o governo”, afirmou a responsável da AI.

“Para todos os venezuelanos que foram considerados opositores, dissidentes ou críticos por causa de sua crença nos direitos humanos, este prémio deve marcar um ponto de viragem na história, especialmente para os prisioneiros de consciência e todos aqueles que atualmente enfrentam com desespero a crueldade e a arbitrariedade das autoridades venezuelanas”, adicionou Erika Guevara-Rosas.

“Todos os anos, milhões de pessoas – incluindo crianças – em toda a Venezuela são reprimidas pelas autoridades e forçadas ao exílio. Milhares são vítimas de detenções arbitrárias, desaparecimentos forçados, tortura e outros maus-tratos, bem como inúmeras violações dos direitos humanos e crimes à luz do direito internacional”, acrescentou.

“Todos os anos, milhões de pessoas – incluindo crianças – em toda a Venezuela são reprimidas pelas autoridades e forçadas ao exílio. Milhares são vítimas de detenções arbitrárias, desaparecimentos forçados, tortura e outros maus-tratos, bem como inúmeras violações dos direitos humanos e crimes à luz do direito internacional.”

Erika Guevara-Rosas

“O prémio de hoje deve ser uma celebração da resistência e resiliência daqueles que lutam pacificamente pela justiça e pelos direitos humanos, desde comunidades, sindicatos, partidos e movimentos no exercício dos direitos políticos, exigindo mudanças, com grande risco pessoal, provando que a humanidade tem o poder de vencer”, defendeu a Guevara-Rosas.

“Esperamos que este prémio e o seu reconhecimento global gerem uma atenção renovada à crise dos direitos humanos na Venezuela e ajudem a impulsionar a vontade e o apoio da comunidade internacional necessários aos mecanismos de justiça internacional, como o Tribunal Penal Internacional, para garantir justiça às vítimas na Venezuela”, concluiu.

 

Perguntas Relacionadas

Por que razão o Prémio Nobel da Paz 2025 atribuído a María Corina Machado é considerado um marco histórico para a Venezuela?

O prémio é visto como um ponto de viragem na história porque simboliza o reconhecimento global da luta dos venezuelanos — especialmente opositores, dissidentes e defensores dos direitos humanos — que enfrentam repressão sistemática. Segundo a Amnistia Internacional, este galardão pode fortalecer a esperança de mudança e justiça para quem sofre perseguição política no país.

Que tipo de repressão têm enfrentado os críticos do governo venezuelano, segundo a Amnistia Internacional?

A organização denuncia que, na Venezuela, milhões de pessoas — incluindo crianças — são vítimas de repressão, como detenções arbitrárias, desaparecimentos forçados, tortura e maus-tratos, além de serem forçadas ao exílio. Estas violações são cometidas pelas autoridades e constituem crimes ao abrigo do direito internacional.

Como reagiu María Corina Machado às tentativas de a silenciar, de acordo com a Amnistia Internacional?

Apesar de ter sido proibida de concorrer às eleições e obrigada a esconder-se, María Corina Machado recusou-se a ser silenciada, mantendo a sua luta pacífica pelos direitos humanos e pela democracia, conforme destacado pela diretora da Amnistia Internacional, Erika Guevara-Rosas.

Qual é o impacto esperado do Nobel da Paz para a crise dos direitos humanos na Venezuela?

A Amnistia Internacional espera que o prémio renove a atenção internacional sobre a crise venezuelana e incentive o apoio a mecanismos de justiça, como o Tribunal Penal Internacional, para garantir reparação às vítimas de violações e pressionar as autoridades a respeitarem os direitos fundamentais.

Que grupos são especialmente afetados pela perseguição política na Venezuela, segundo a declaração da Amnistia Internacional?

Além de ativistas e opositores, o alerta abrange prisioneiros de consciência (detidos por motivos políticos ou ideológicos) e comunidades, sindicatos e movimentos que exigem mudanças pacificamente, muitas vezes arriscando a própria segurança.

Por que razões a Amnistia Internacional celebra a atribuição deste Nobel como uma vitória da resistência pacífica?

Porque o prémio reconhece a coragem de quem luta pela justiça sem recorrer à violência, demonstrando que — mesmo sob repressão extrema — a resiliência de indivíduos e coletivos pode inspirar mudanças e provar que a defesa dos direitos humanos é um combate possível, como sublinhou Erika Guevara-Rosas.

⚠️ Este painel de questões relacionadas foi criado com IA mas revisto por um humano.

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