7 Outubro 2010

(ACÇÃO ENCERRADA)

A AI Portugal convida-o a assinar a petição em nome das mais de 10.000 famílias vítimas de desalojamento forçado em Angola, desde 2001. Queremos reunir 10.000 assinaturas que serão entregues ao Embaixador de Angola em Portugal no dia 9 de Dezembro de 2010. Já só nos faltam 800 assinaturas. Participe, assine!

Junte o seu nome à “Casa das Assinaturas”
Angola – Famílias que já foram desalojadas mais do que uma vez, continuam em risco

Desde Julho de 2001, mais de 10,000 famílias de Luanda ficaram sem abrigo depois de terem sido vítimas de desalojamentos forçados. Estes desalojamentos foram levados a cabo pela polícia, soldados, agentes municipais e seguranças privados, que frequentemente recorreram ao uso excessivo de força e a armas de fogo. Em algumas ocasiões, a polícia prendeu e deteve, por períodos breves, algumas pessoas que resistiram às operações assim como membros da organização local, SOS Habitat, que defende o direito à habitação e que tentaram persuadir as autoridades a parar com os desalojamentos.

Poucas famílias receberam compensação pelas suas perdas. Algumas foram realojadas a cerca de 30 a 40 Km da cidade, em áreas com graves restrições no que diz respeito a emprego, escolas, hospitais, serviços básicos e saneamento. Contudo, a grande maioria foi deixada à sua própria sorte. Muitas foram vítimas de repetidos desalojamentos e centenas de famílias continuam sem abrigo e a viver nas ruínas das suas casas antigas.

O fim de 27 anos de guerra civil em 2002 trouxe novas oportunidades de desenvolvimento e reconstrução, mas colocou grande pressão na disputa dos terrenos urbanos. Apesar da prática de desalojamentos forçados ter reduzido desde 2006, continuam a registar-se casos. Os mais recentes ocorreram nos bairros do Iraque e Bagdad (nos arredores de Luanda) onde milhares de pessoas podem ter ficado sem casa na sequência dos desalojamentos forçados de Julho de 2009. A maioria da população de Luanda, estimada em 4,5 milhões, continua em risco de perder as suas casas para dar lugar a condomínios de luxo, escritórios e outras infrastruturas.

As fotos que se seguem ilustram os efeitos dos desalojamentos forçados em Angola. Os activistas de direitos humanos mantêm-se firmes na reivindicação do direito à habitação, muitas vezes enfrentando a violenta repressão governamental.

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