Chiou Ho-shun foi condenado à morte em 1989, considerado responsável pela morte de Ko Hung Yu-Ian e do rapto e morte de Lu Cheng.
Chiou Ho-shun está no corredor da morte em Taiwan desde que foi condenado em 1989, após um julgamento injusto. Fez 61 anos no dia 7 de Abril, o seu 33º aniversário na prisão. Pode ser executado a qualquer momento.
Chiou Ho-shun e outras 11 pessoas foram consideradas responsáveis pelo rapto e morte de Lu Cheng e do assassinato de Ko Hung Yu-Lan. Durante os primeiros 4 meses de detenção foram torturados para confessarem os crimes de que eram acusados. Posteriormente, negaram o que tinham confessado sob tortura. Nunca foram apresentadas em tribunal provas materiais ligando Chiou Ho-shun aos crimes. Contudo ele foi condenado à morte. Os outos acusados foram condenados a várias penas de prisão, que já cumpriram, exceto um deles que morreu enquanto cumpria a pena.
Em 1994, após uma investigação oficial, 2 Procuradores do Ministério Público e 10 agentes da polícia que tinham a seu cargo o rapto e o assassinato de Lu Cheng foram condenados por obtenção de confissões sob tortura. Em 2003, a polícia admitiu ter escondido a confissão de um outro preso que, antes de ser executado, confessou ter sido ele a matar Lu Cheng.
Durante os 32 anos em que tem estado no corredor da morte, o caso de Chiou Ho-shun transitou 11 vezes entre o Tribunal de Última Instância e o Supremo Tribunal. Os tribunais nunca excluíram como prova a confissão obtida sob tortura, nem investigaram a assunção da morte de Lu Cheng pelo outro condenado.
Nas vésperas dos seus 61 anos é importante apelar à Presidente de Taiwan para que lhe conceda o perdão ou comutação da pena, em concordância com o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos que Taiwan declarou querer adotar.
Junte o seu nome a este apelo.
Letter content
Dear President Tsai:
Pardon Chiou Ho-shun after 31 years on death row
Chiou Ho-shun was arrested in 1988 in relation to the murder of Ko Hung Yu-lan and the kidnapping of Lu Cheng. He was convicted and sentenced to death in 1989.
According to Chiou Ho-shun himself and confirmed by years of investigations from different parties, during detention and interrogation Chiou was beaten repeatedly, blindfolded, tied up, forced to sit on ice and subjected to electric shocks and having water mixed with pepper poured into his mouth and nose. Prosecutors used the “confessions” obtained through police torture of Chiou and other co-defendants as evidence to prove guilt, even though no material evidence linking Chiou Ho-shun to the crimes has ever been presented in court. Later, the key evidence against Chiou Ho-Shun even went missing. Because of problems with earlier trials, Taiwan’s Supreme Court ordered the case to be retried 11 times, but it still affirmed Chiou Ho-shun’s death sentence in 2011.
As he was being sentenced to death for the last time, Chiou said he didn’t understand “why the judge didn’t have the courage to deliver the verdict of not guilty when I didn’t kill anyone”. Thirty-one years since his first conviction, Chiou Ho-shun is still on Taiwan’s death row. With all judicial remedies nearly exhausted because of the passage of time, Chiou still waits in prison for his case to be overturned. Chiou Ho-shun, a young man in his 20s when he entered prison, has now become an old man full of grey hair and struggling with illness.
Amnesty International opposes the death penalty, cruel and inhuman treatments and unfair trials in all cases. The legal system and the government should protect people’s dignity and personal safety at all costs. Therefore, we call on the government of Taiwan to ensure that Chiou Ho-shun is granted pardon and let him go home after 31 years in despair.
Chiou Ho-shun has already been in prison for 31 years. Only you can put this to an end for Chiou. We look forward to hearing the good news from you.
Yours sincerely,
Texto da carta a enviar
Cara presidente Tsai,
Perdoe Chiou Ho-shun, após 31 anos no corredor da morte.
Chiou Ho-shun foi preso em 1988, acusado da morte de Ko Hung Yu-Ian e do rapto de Lu Cheng. Foi condenado à pena de morte em 1989.
Segundo, Chiou Ho-shun, durante os interrogatórios sob detenção, Chiou foi espancado repetidamente, vendado, amarrado, forçado a sentar-se em cima de gelo, submetido a choques elétricos e foi-lhe introduzida água misturada com pimenta no nariz e na boca. Os Procuradores do Ministério Público usaram as “confissões” obtidas sob tortura de Chiou e dos coacusados como prova da culpa, embora nunca tivesse sido apresentada ao tribunal qualquer prova material ligando Chiou Ho-Shun aos crimes de que era acusado. Mais tarde até a prova chave contra Chiou falhou. Devido aos problemas com os julgamentos anteriores o Tribunal Supremo de Taiwan ordenou por 11 vezes que o caso voltasse a ser julgado mas mesmo assim o tribunal reconfirmou a sentença de morte em 2011.
No momento em que foi condenado à pena de morte pela última vez, Chiou disse não compreender “porque é que o juiz não tinha a coragem de apresentar um veredicto que indicasse a sua inocência quando eu não matei ninguém”. 31 anos desde a primeira condenação, Chiou Ho-shun continua no corredor da morte em Taiwan.Com os recursos legais praticamente esgotados devido à passagem do tempo, Chiou ainda espera na prisão que o seu caso seja resolvido. Chiou Ho-shun era um jovem na faixa dos vinte anos quando foi preso. É hoje um homem de cabelos brancos e a lutar contra a doença.
Chiou Ho-shun esteve na prisão durante 32 anos. Apelamos à Presidente de Taiwan que ao reconhecer que Chiou Ho-shun foi condenado sem ter tido direito a um julgamento justo, use os seus poderes para aceitar o seu pedido de perdão após 32 anos de desespero no corredor da morte.
A Amnistia Internacional opõe-se à pena de morte, aos tratamentos cruéis e desumanos e aos julgamentos injustos, em todos os casos. Os sistemas legais e os governos devem proteger a dignidade e a segurança pessoal, custe o que custar. Assim sendo, apelamos ao Governo de Taiwan para que seja concedido o perdão a Chiou Ho-shun e para que ele possa regressar a casa após 32 anos de desespero.
Chiou Ho-shun, está na prisão há 31 anos. Apenas a Sra. presidente pode colocar um ponto final neste pesadelo. Aguardaremos por boas notícias da sua parte.
Atentamente,