20 Agosto 2014

A Amnistia Internacional afirmou hoje que a aparente execução por parte do Estado Islâmico (EI) – antigo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS) do jornalista James Foley, que tinha desaparecido na Síria, constitui um crime de guerra e salienta a urgência da ação por parte dos Estados com influência nesta zona para garantir a libertação dos jornalistas que estão desaparecidos.

 
No vídeo intitulado “A Message to America”, um homem identificado como James Foley diz que enfrenta a pena de morte devido aos ataques levados a cabo pelos Estados Unidos da América contra alvos do EI no Iraque. 
 
Said Boumedouha, vice-diretor do Programa Médio Oriente e Norte de África da Amnistia Internacional afirmou que se trata de “um crime de guerra e que tanto as pessoas que levaram a cabo o assassinato como as pessoas que o ordenaram devem ser levadas perante a justiça.” 
 
Estrangeiros, incluindo jornalistas, pessoal das organizações internacionais e líderes religiosos têm sido alvos de raptos e detenções arbitrárias por parte do EI.
 
A Amnistia Internacional está preocupada com Abdullah al-Khalil, um proeminente advogado de direitos humanos sírio que colabora com a organização e que poderá estar nas mãos do IS depois de ter sido raptado em al-Raqqa em maio de 2013.
 
O EI também tem tido como alvos pessoas suspeitas de organizar protestos e de se opor à sua autoridade. Outras das suas vítimas são pessoas suspeitas de cometer crimes como assassinato ou roubo e acusados de cometer atos religiosos proibidos, tais como zina (sexo fora do casamento) e consumo de álcool. 
 
O EI tem cometido graves violações de direitos humanos que constituem crimes de guerra e possíveis crimes contra a humanidade em Sinjar, Mosul e outras áreas do noroeste do Iraque desde que ocuparam este território em junho de 2014.
 

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