26 Fevereiro 2024

 

No passado sábado, dia 24 de fevereiro, assinalaram-se dois anos do início da invasão russa de larga escala à Ucrânia. Amanhã, 27 de fevereiro, marcar-se-ão dez anos da intervenção militar russa na Crimeia. Em solidariedade com as vítimas deste conflito, a Amnistia Internacional Portugal organizou uma vigília no dia 24 de fevereiro no Terreiro do Paço, em Lisboa.

Além da tradicional vigília com velas, houve um mural onde todos  puderam escrever mensagens de solidariedade para a Ucrânia. Dos mais novos aos mais velhos, o tecido amarelo e azul que integrava o mural encheu-se de apelos de coragem e força, que pediam paz e o fim da guerra. Multiplicaram-se frases como “Vocês não estão sozinhos” e “Coragem, irmãos ucranianos” assim como as palavras “paz” e “liberdade”.

A Amnistia Internacional Portugal reuniu ainda os principais dados, números, mensagens de apoio e testemunhos das vítimas que marcaram estes últimos dois anos de constante agressão russa e apresentou-os numa projeção para um edifício. Por último, houve ainda um momento de microfone aberto onde as pessoas puderam tornar públicas as suas palavras de força e alento, bem como as próprias vivências. Foram ainda lidos testemunhos de familiares de vítimas aos ataques de Chernihiv, Mariupol, entre outros.

Com esta iniciativa, a Amnistia Internacional relembra que, para a população ucraniana, a justiça se concretiza pela responsabilização total por todos os crimes cometidos pela Rússia desde a sua intervenção militar em 2014. A organização lembra que continuam impunes inúmeras atrocidades, ataques deliberados a civis e a infraestruturas civis essenciais, desaparecimentos forçados, execuções extrajudiciais, tortura, privações ilegais de liberdade, transferências forçadas de civis e abusos de prisioneiros de guerra.

“Assinalamos esta data pelo pior motivo possível: o da persistência de uma agressão russa cruel em território ucraniano, que tem separado famílias e destruído outras para sempre. O passar do tempo tem feito crescer o número de vítimas, isolado idosos na sua debilidade e dificultado o direito das crianças à educação”, salienta Pedro A. Neto, diretor executivo da Amnistia Internacional Portugal.

“Assinalamos esta data pelo pior motivo possível: o da persistência de uma agressão russa cruel em território ucraniano, que tem separado famílias e destruído outras para sempre”

Pedro A. Neto

Para levar os responsáveis por estes crimes do direito internacional a responder perante a Justiça, a Amnistia Internacional alerta ainda para a necessidade da preservação das provas dos ataques e de outras violações de direitos humanos. Mesmo que tarde, a impunidade não pode prevalecer.

 

Fotografias da vigília:

Ana Teresa Santos, coordenadora de mobilização e campanhas da Amnistia Internacional Portugal, no discurso de abertura da vigília

 

Mural com as mensagens de solidariedade e apoio à Ucrânia

 

O Mural também foi completado pelas mensagens das crianças

 

Cartazes com mensagens da Amnistia Internacional

 

Uma participante com uma vela e cartaz distribuídos pela Amnistia Internacional

 

Agir Agora

Justiça para as vítimas da agressão russa à Ucrânia

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