2 Outubro 2012

Com o recente diálogo do co-fundador da Wikileaks com as Nações Unidas, o Secretário dos Negócios Estrangeiros britânicos William Hague e as autoridades equatorianas, as autoridades suecas devem garantir a Julian Assange que, caso saia da embaixada do Equador em Londres para se deslocar até à Suécia e enfrentar as acusações de abuso sexual, não será extraditado para os Estados Unidos.

“Se as autoridades suecas conseguirem confirmar publicamente que Julian Assange não se encontrará eventualmente num avião com destino aos Estados Unidos caso se submeta à autoridade dos tribunais suecos, serão alcançados dois resultados”, afirma Nicola Duckworth, Diretor Sénior de Investigações da Amnistia Internacional. “Primeiro, irá pôr fim ao atual impasse; segundo, significará que as mulheres que apresentaram queixas de abuso sexual terão acesso à justiça. É vital que os Estados mostrem que tratam seriamente as acusações de violência sexual e que respeitam tanto os direitos das mulheres que apresentam as queixas como os da pessoa acusada”.

A Amnistia Internacional acredita que a transferência forçada de Julian Assange para os Estados Unidos nas atuais circunstâncias o iria expor a um verdadeiro risco de sérias violações de Direitos Humanos, possivelmente incluindo violações do seu direito à liberdade de expressão, e o risco que ele possa ser detido em condições que violam a proibição de tortura e outros tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.

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